Consumering

Se o marketing adapta um negocio ao mercado o que que fazem as empresas que se adaptam ao consumidor? Fazem Consumering. Um blog de artigos sobre como transformar uma empresa comercial num negocio de produtos preferidos pelos consumidores. www.consumering.pt

24/02/2009

Isto é que vai uma crise.

O milénio está a acontecer. A ordem que manteve algumas coisas no lugar (não necessariamente o certo) está posta em causa e o cenário a ser ajustado.
Para a economia, a macro, são tempos interessantissimos, com convulsões diárias e alterações de humor espantosas. Como se os mercados estivessem em plena menopausa.
Para as empresas, a micro, são tempos de angústia com muitas dúvidas e medos. Prespectivas de grandes falhanços e quebras de resultados. É duro, mas não se pode dizer que não foram avisados.

Alguns sinais exteriores de que a(s) empresa(s) não estava(m) no caminho certo:

- A responsabilidade social e ambiental de fachada. Acções motivadas pela vaidade e sem a menor preocupação com a sustentabilidade dos negócios.
- O Branding e o rebranding. Com despesas colossais que glorificam um boneco sem sentido económico em cortejos tontos que qualquer criança os apontaria nús.
- Os patrocínios. A imposição rude e bruta em camisolas e paineis, carraçando a atenção de terceiros sem atentar ao sentido dessa presença.

As indústrias que mais investiram nestes expedientes ao longo dos últimos anos. Os bancos e os automóveis. São precisamente aquelas que mais problemas estão a ter nesta crise. Talvez não seja coincidência.


Nota – Esta semana há oitavos de final da Uefa Champions League, vejam quantas empresas em problemas estão naquelas camisolas. Valeu a pena?

4 Comments:

  • At 3:38 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Meu caro, não confundamos as coisas: a publicidade só para "fazer barulho", e os rebrandings duvidosos pagos a peso de ouro, sem dúvida que deram talhadas nos lucros.

    Mas meter os bancos no mesmo saco dos outros, é falso. As fábricas de automóveis, ao menos criam riqueza. Se dependem de vendas, e o poder de compra baixa, é natural que se vejam em apuros.

    Já as instituições financeiras, apenas mudam dinheiro QUE NÃO EXISTE, de um lado para o outro. E dão prémios chorudos aos administradores, enquanto pagam apenas 12% IRC (no caso Português), e entalam quem lhes fica a dever 1 euro que seja.

    Isso não é culpa da publicidade deles, seja útil ou não - é culpa da ganância deles, com o aval do Estado. Se é que podemos falar de ambos separadamente, pois os administradores andam sempre de um lado para o outro...

     
  • At 8:34 da manhã, Blogger Consumering said…

    Bancos e fabricantes de automóveis são apenas exemplos de empresas que investiram massivamente em actividades de retorno duvidoso e portanto estão (por este e por outros motivos) em muito má forma.

    Até agora a GM era o maior investidor (gastador) de pub no mercado americano com um budget de billions e mesmo assim continuava a afundar-se.

    O ponto é: a crise não está apenas "lá fora" tem muitas raizes na falência de um modo de vida e quem não quiser ver e continuar a insistir nos modos "so90's" não vai sair bem desta alhada.

    volte sempre

     
  • At 5:56 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Sem dúvida, mas o que dizer então da Nike, McDonalds, Absolut, Heineken, Red Bull, Martini, e outras marcas que se impuseram pela publicidade convencional?

    A Nike, por exemplo: gastam milhões para meter a selecção do Brasil a dar toques num aeroporto, sem mencionar um único produto. Ideia genial, ou desperdício absurdo? E a Nespresso: porquê contratar uma estrela de Hollywood - será que estão a chorar esse dinheiro deitado fora?

    Olhemos novamente para a GM: é ponto mais ou menos assente, sobretudo entre os próprios americanos, que os carros japoneses e europeus são superiores. Haveria publicidade capaz de salvar um monstro como a GM, que perdia em qualquer comparação racional com os seus concorrentes? Seria um banner ou micro-site bem feito, que ia fazer o Joe Sixpack gastar 30000 dólares num carro PIOR que um Toyota ou BMW?

    Por cá, os bancos e as operadoras móveis são dos principais gastadores em publicidade convencional. Não os vejo a chorar os prejuízos. Também não me consta, que os canais de TV estejam a baixar os preços, por falta de anúnciantes.

     
  • At 9:49 da tarde, Blogger Consumering said…

    Factos:
    - os problemas da GM, Citi, BCP são muito maiores do que os desperdícios que fizeram com a sua publicidade
    - a forma pouco inteligente como têm gasto o seu dinheiro de publicidade é apenas uma gota, um sinal da fraqueza das suas decisões.
    - credito habitação e carrinhas não são sapatilhas nem bebidas. A publicidade cool adequa-se a produtos cool, não necessariamente se adequa a produtos sérios.

     

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