Consumering

Se o marketing adapta um negocio ao mercado o que que fazem as empresas que se adaptam ao consumidor? Fazem Consumering. Um blog de artigos sobre como transformar uma empresa comercial num negocio de produtos preferidos pelos consumidores. www.consumering.pt

06/08/2003

6-Uma lady na cama, uma louca na mesa

A vida moderna tornou-se muito exigente. Para sobreviver há que ser simultaneamente um profissional competente e eficaz, um pai exemplar e carinhoso, um esposo apaixonado e companheiro, um desportista competitivo e vencedor, um amigo de confiança e divertido. Há que ser tudo e na hora certa. Como é que se consegue? A solução, para a generalidade das pessoas, é a segmentação, ou seja, adequar o comportamento às expectativas de cada audiência, tal como fazem as marcas que segmentam e abordam diferentes grupos alvo.

Segmentar o comportamento social só é possível porque cada um dos múltiplos papeis individuais é desempenhado em esferas fechadas e independentes. Assim, o amante fogoso não se confunde com o empregado diligente. Mas, e se se confundissem? Se, por alguma arte mágica, a vida se limitasse a um único local, com uma única audiência omnipresente? De repente tornar-se-ia impossível segmentar comportamentos sem cair em situações embaraçosas. Como ser um empregado lúbrico. Ora, esta hipótese académica é verificada semestralmente na televisão sob o formato do “Big Brother”. Porque tudo o que fazem é gravado, os concorrentes da “casa mais famosa de Portugal” são obcecados pela autenticidade do seu comportamento. Como tudo o que fazem é visto por toda a gente, os concorrentes do BB não podem segmentar, têm de ser autênticos, ser “eles próprios” e ser “os mesmos que são lá fora”.

Mas o que é isto interessa para o negócio? Muito simples, tal como os concorrentes ao BB, as marcas são hiper-expostas (na televisão e nas prateleiras das lojas) assim, não podem segmentar sem descambar em atitudes esquizofrénicas.
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