Consumering

Se o marketing adapta um negocio ao mercado o que que fazem as empresas que se adaptam ao consumidor? Fazem Consumering. Um blog de artigos sobre como transformar uma empresa comercial num negocio de produtos preferidos pelos consumidores. www.consumering.pt

09/08/2008

Cartas de amor e demais correspondência

Email enviado a propósito de um lugar comum:

Caríssimo,
Infelizmente o seu blog não permite comentários, o que me leva a tentar ajudar por email.

Primeira ajuda: Eu sou eu, o meu blog não tem foto própria no cabeçalho, mas terei outras qualildades.
Segunda ajuda: Sei que há quem ache que as campanhas de promoção não servem para vender. No entanto, quem acha assim ou está enganado ou anda a enganar.
Deve saber disso, pois é uma fatalidade da economia: quem não vende, não factura, se não factura, não tem dinheiro para pagar por comunicação e outros luxos. A não ser, claro, que se seja do tipo de gente que vive à conta e portanto se pode rebolar alegremente num dia de trabalho.

Espero ter ajudado, se precisar de mais ajuda, como por exemplo para lhe explicar porque é que uma campanha da AICEP em conjunção com o ITP que conste de lonas gigantes na Av. da República tem muita dificuldade em impressionar estrangeiros, recomendo a leitura de uns materiais sobre o assunto. Eu gosto particularmente do livro “Vende-se Portugal”, parece-me que ainda não o leu.

Atenciosamente
Henrique, um tipo que acha que organizar festas no Algarve não é a melhor forma de utilizar o dinheiro que pago de impostos



O lugar comum em questão:

Ajudam-me, por favor?
Algum dos meus leitores consegue dizer-me quem é um tal “Henrique Agostinho especialista em gestão de marcas” que aparece na Meios a mostrar que julga, inocentemente, que o marketing turístico assenta em campanhas de publicidade, que o AICEP (que, por sinal, não tem competências no Turismo) devia apoiar a promoção de operadores turísticos privados no exterior (o que por sinal o Turismo de Portugal faz muito bem), e a dizer que não faz sentido “levar os portugueses a passarem férias no Algarve” e coisas extraordinariamente novas como qualquer campanha de promoção “que não tenha objectivos de comercialização está condenada ao fracasso”?

Eu sei que num período normal de trabalho, quando lemos uma coisa assim, rebolamo-nos a rir e deitamos o jornal fora, mas peço a vossa compreensão porque estamos em Agosto, é sábado de manhã, estive uns dias fora, fiquei em Lisboa, enfim…

4 Comments:

  • At 3:04 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Caro Henrique,
    Louvo-lhe a ambição, mas ainda lhe falta alguma sagacidade para responder a LPM.
    Permita-me sugerir um táctica famosa de Comunicação: a uma critica agressiva responda sempre com elegância.

     
  • At 8:34 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Eu teria ignorado (não podia ser mais elegante), mas por vezes não há "pachorra" para ser "elegante" perante tanta gente que, totalmente às claras, "vive à conta e portanto se pode rebolar alegremente num dia de trabalho", a dar cabo disto tudo (leia-se do dinheiro que devia ser usado correctamente).
    Desculpem pela linguagem de café, mas é mais rápido, toda a gente percebe, e eu não vou assinar com o meu "Dr", portanto está condizente.
    P.S.: As festas no Algarve são o cúmulo do fazer mal e do não querer saber disso para nada.

     
  • At 7:30 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Só hoje regressado de férias vi esta sequência. Tenho a dizer que é lamentável ver dois profissionais a chegarem a este nível. Já não chega o Pires de Lima e o Alberto da Ponte...
    1. Começando pelo princípio, as opiniões.
    Sempre que assumimos posições mais radicais, taxativas e "donas-do-mundo" temos que estar preparados para discordâncias. É normal e, diria eu, é saudável. Henrique, creio que ainda não tem este à vontade com opiniões contrárias. Vê-se em tudo o que faz e o que vai dizendo. Sugestão: Calma! O seu profissionalismo afirma-se de outra forma. Não necessita de perder a cabeça.

    2. Em segundo lugar, a forma.
    Mesmo que as opiniões sejam, como dizia atrás, radicais e fracturantes, temos que cuidar da forma. A política de "terra-queimada"já foi chão que deu uvas, por isso, devemos cuidar e não falar à bruta apenas para chocar. Por vezes escolhemos uma radicalização absolutista que demonstra carácter de totalitarismo perigoso. Eu costumo dizer: cuidado que temos aí um MRPP!
    Henrique, mais uma vez, não creio ser necessário entrar por aí. Você tem ideias, tem uma boa base teórica e um sustento académico interessante, radicalizar assim na forma só põe isso em questão e demonstra insegurança.
    Sugestão: Cuide a forma e dê opinião mais do que atirar "sentenças" (umas de morte, outras de sucesso)

    3. Finalmente, as respostas.
    Como diz acima o Nuno Delgado, há que saber responder (ou não), travando apenas as batalhas que valem a pena, e escolher as palavras que nos permitam sobretudo posicionar bem as nossas marcas pessoais. Ninguém quer ser um arruaceiro, um crítico ácido, um charlatão que só diz mal de tudo e todos... ainda para mais quando não somos exemplo de nada para ninguém. Basta olharmos com o mesmo sentido crítico para o nosso CV.
    Henrique, mais uma vez a calma e a elegância marcam a nossa passagem pelos negócios e não é a fugir-nos o pé para a chinela que vamos conseguir fazer valer os nossos pontos.
    Sugestão: Não é ser político nem tentar agradar a todos. É valer os nossos pontos pela argumentação de conteúdo e não de forma. Parece igual mas não é. Pense nisso.



    Dito isto, apenas me cabe dizer que, se eu fosse grande coisa, postava identificado, mas como também não quero entrar na guerra e aparecer nas "manchetes" fico na sombra. É que, dado o meu nome e posição, provavelmente tínhamos pano para mangas. Assim ficamos só nas ideias.
    Obrigado

     
  • At 9:50 da manhã, Blogger Consumering said…

    ok, percebo que a precendêcia não conta na luta da lama.
    Mas não deixa de ser irritante que me gastem o dinheiro em festas parvas no todograve e ainda por cima eu tenha de comer calado com a arrogância da falta de argmentos.
    Sei que devo ser superior a estas coisas, mas é pena que não possa ignorar também a conta que o fisco manda lá para casa.
    Talvez podendo responder às duas provocações com o mesmo desportivismo me irrite menos.

     

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