M.Port.2) A incompetência de quem sabe
(Marca Portugal - Nº2 de 32)
A primeira barreira que se coloca à gestão da Marca Portugal é que ninguém tem um currículo aceitável para o fazer. Não se conhece quem tenha a experiência de pegar num canto de País e, sem décadas de grandes melhorias na educação, justiça e mobilidade social, tornar a marca desse País num factor de competitividade e sucesso no mercado externo.
De facto, os grandes sucessos de desenvolvimento de países e das suas economias passaram, sempre, por vantagens internas, como sejam o ter uma população educada e trabalhadora, existir um sistema de justiça eficaz e viver numa sociedade que recompensa o esforço. Conjugação que se verificou nos países nórdicos, na Austrália, Israel, Singapura ou na Coreia do Sul. Estes países escalaram a tabela das economias mais competitivas, não porque tivessem belas campanhas de promoção externa, mas porque souberam investir, trabalhar, ser honestos e dedicados com o seu esforço. Exactamente o contrário do que se encontra em Portugal, que tem uns níveis de chico-espertice e preguiça que o condenam a ser, de entre os países ricos, aquele que é o mais pobre.
(saber mais em "Vende-se Portugal")
A primeira barreira que se coloca à gestão da Marca Portugal é que ninguém tem um currículo aceitável para o fazer. Não se conhece quem tenha a experiência de pegar num canto de País e, sem décadas de grandes melhorias na educação, justiça e mobilidade social, tornar a marca desse País num factor de competitividade e sucesso no mercado externo.
De facto, os grandes sucessos de desenvolvimento de países e das suas economias passaram, sempre, por vantagens internas, como sejam o ter uma população educada e trabalhadora, existir um sistema de justiça eficaz e viver numa sociedade que recompensa o esforço. Conjugação que se verificou nos países nórdicos, na Austrália, Israel, Singapura ou na Coreia do Sul. Estes países escalaram a tabela das economias mais competitivas, não porque tivessem belas campanhas de promoção externa, mas porque souberam investir, trabalhar, ser honestos e dedicados com o seu esforço. Exactamente o contrário do que se encontra em Portugal, que tem uns níveis de chico-espertice e preguiça que o condenam a ser, de entre os países ricos, aquele que é o mais pobre.
(saber mais em "Vende-se Portugal")
10 Comments:
At 10:37 da manhã, Anónimo said…
Confesso que neste item me remeti para o papel de observador. Definitivamente esta temática está na ordem do dia das mentes marketeiras nacionais. Lembro-me da última edição da Marketeer que tinha um especial enfoque na coisa.
A questão é que não basta andar com uma questão em mente para a resolver, mas convenhamos que ajuda. Pessoalmente acho que estamos a conseguir abordar a coisa de forma mais consistente, se bem que em muitos aspectos continuamos igual às descrições mordazes do Eça do final do sec XIX.
No que me toca estou a gostar bastante destes artigos, podes contar aqui com um atento espectador que acabou de vir do intervalo e aguarda a continuação da sequela.
BOm trabalho!
Cheers
At 11:10 da manhã, Consumering said…
Segunda-feira, dia 28 há mais!
At 11:01 da manhã, Anónimo said…
Curioso o exemplo irlandês. Para além de ter resolvido todos os problemas-base da falta (emigração) e má formação dos seus recursos humanos, conseguiu em 20 anos transformar por completo a sua imagem exterior. O católico conservador, os gangs de desempregados em Dublin (à espera de vaga nos gangs irlandeses de Boston), a desertificação interior, a ditadura do sector primário, tudo desapareceu sem uma única auto-estrada. O antigo latifúndio inglês é agora o sitio ideal para uma vaga de estrangeiros vindos de países do sul, cheios de auto-estradas e excelentes clubes de futebol...
Mas acho que aqui os directores de marketing...
At 11:15 da manhã, Anónimo said…
... foram particularmente eficazes e muito bem pagos. E os nomes são bem conhecidos: O ryan air (já antes, havia a filha), o Mr Guiness, O Dr Bono, o Shaw, o Joyce, o Beckett... o Bob Geldof... e muitos mais que eu não me lembro (são 10.30 da manhã).
E até no futebol, as suas imagens de marca conseguem ser fiel à estratégia...da marca. Roy Keane nada tem de Figo nem de Ronaldo. Tem tudo de Irlanda.
At 2:34 da tarde, Consumering said…
Já lá chegaremos ao exemplo irlandês... mas para já fiquemo-nos com estes dados:
- O nível de formação dos irlandeses é (há decadas) muito melhor do que em Portugal e ao nível de qualquer outra potencia europeia, especialmente nas engenharias
- Os irlandeses falam todos inglês e têm uma fortíssima colónia nos EUA, país de onde vem a generalidade das IT
- O clima irlandês desaconselha qualquer aposta no turismo.
Resultado: A irlanda fez-se (bem) o porta-aviões do IT made in USA e deu-se muito bem, pelos mesmos motivos que em Portugal o "modelo irlandês" nunca funcionaria.
Esse é o problema dos "modelos" se funcionam "lá" provavelmente é porque não funcionam "cá".
At 6:35 da tarde, Anónimo said…
É um falso mito (um fardo pesado para muitos dos irlandeses que eu conheço) este de que a capital da nova Irlanda é Boston...
At 8:21 da tarde, Consumering said…
"A" Capital pode não ser, mas "o" capital é de lá que vem. De lá e dos arredores (em sentido lato). Basta ver onde estão sediadas as grandes corporações IT americanas na Europa para arrumar com os fardos e os mitos.
At 4:21 da tarde, Anónimo said…
O peso dos american-irish nas empresas, bancos (mesmo os de Boston) e nos grandes fundos de investimento que suportam as IT não é maior do que o dos italo-americanos, polacos, chineses, russos… não judeus.
Quando chamava curioso ao exemplo irlandês como exemplo de sucesso, tinha em conta, obviamente, o peso da língua, da cultura e até, quem sabe, do misticismo celta, que sempre dá jeito nos imprevistos económicos.
A surpresa do sucesso vem pela imagem positiva que a Irlanda alcançou nos mercados. Um pais religiosamente ultra-conservador, sem rede viária, com metade da população na área urbana de Dublin, durante anos com uma economia baseada na agricultura e dependente da Inglaterra e das suas recessões sazonais, com uma enorme taxa de desemprego e inflação no início dos anos oitenta, com os enteados do IRA bem ao lado, tinha tudo para ter ser um eterno armazém da Guiness e do Jameson, com dois defesas de Rugby à entrada.
(se mudarem as marcas e a modalidade desportiva, estão em casa)
E no entanto, em apenas 10-15 anos, tornou-se num pais referência, que qualquer conversa de café consegue facilmente justificar, muito para além do volume das exportações de software.
Porque é que o modelo irlandês não dá em Portugal?… Porque os Marketeers escolhidos foram outros…
At 4:55 da tarde, Consumering said…
Porque os irlandeses têm um nível de formação elevado que os italianos não têm e os portugueses muito menos.
Logo a irlanda é um destino realista para os investimentos IT americanos e Portugal simplesmente não o é.
O motivo porque o modelo irlandês não funciona em Portugal é porque Portugal não é a Irlanda e o modelo (como o próprio nome o diz) é irlandês.
Simples.
At 12:25 da manhã, Anónimo said…
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