Consumering: quem raio é o nick knight?

13/12/2007

quem raio é o nick knight?

E onde fica a west coast? E para que serve? Isso vai bem com batatas?

Numa requintada manifestação de ridicularização de quem paga impostos em Portugal, o mistério da economia apresentou uma campanha de divulgação do trabalho artistico do fotógrafo nick knight destinada (ao que parece) a convencer os portugueses que algumas das personagens que os orgulhavam afinal são da west coast. Para tanto:
- contrata-se um fotografo gringo com direito a headline.
- diz-se que esta malta como a Mariza é da west coast desiludindo um montão de portugueses
- encharca-se Lisboa de lonas gigantes com a campanha que é para que os portugeses a vejam bem.

Se não nos custasse tão caro em impostos esta brincadeira até tinha graça.

17 Comments:

At 11:10 da manhã, João Plantier said…

Olá Henrique.
Apesar de achar graça ao conceito por trás da nova iniciativa do Ministério de Economia (gosto de fingir que a Costa da Caparica é uma espécie de San Diego e que Lisboa é a San Francisco Europeia), concordo que esta campanha seja um potencial desperdício de dinheiro. Não pelo conceito apresentado mas porque acho que qualquer acção semelhante seria um desperdício. Porquê? A imagem de um país não pode ser gerida como a marca de um produto ou de uma empresa. O país é um conjunto demasiado complexo para que possa existir uma marca umbrella que se abarque todas as suas áreas (Turismo, Empresas, Cultura,etc). A não ser que se reduza a sua abrangência, a marca Portugal é completamente ingerível. A ideia que a mesma marca pode satisfazer o sector industrial, o turismo e as novas tecnologias parece-me no mínimo tonta. Cabe às empresas fazer o trabalho "sujo" de promover as suas marcas e, por arrasto, o país. O Estado (ou o Ministério da Economia) deveria canalizar os seus esforços (leia-se milhões de Euros) para acções de Market Intelligence (as delegações do ICEP) e para a simplificação da acção empresarial no país (legislação, burocracia) .
A marca (ou marcas) Portugal seriam direccionadas a um conjunto limitado de sectores (Cultura, Turismo, Comunidades).
Um abraço.
João Plantier
At 11:43 da manhã, Consumering said…

Concordo que é difícil de fazer, mas discordo que seja impossível.
Itália = Design
Alemanha = Fiabilidade
França = Luxo
Japão = Miniaturização

Porque é que Portugal não pode ter um posicionamento? Porque é que está condenado à irrelevância? Porque é que continua a gastar fortunas de "promoção" em cartazes lisboetas?
At 12:08 da tarde, João Plantier said…

Ok Henrique, não acho que Portugal esteja condenado à irrelevância. O país é relevante e as empresas portuguesas têm condições para ser bem sucedidas.
O que digo é que não foram campanhas do Ministério de Economia que criaram essas associações (Design, Fiabilidade, Luxo e Miniaturização). Acho que o País ia ficar melhor servido se o ME focalizasse o seu esforço para coisas mais importantes do que a criação de uma imagem virtual do país. Porque o país existe e existirá antes e depois do ME. Alíás, o País que o ME imagina é demasiado virtual para que qualquer um de nós!
Abraço.
João Plantier
At 11:11 da tarde, Consumering said…

Assim sim, se a proposta é zero promoção pública, que devolvam o dinheiro dos impostos a quem os paga, então sou 100% a favor.

A publicidade deve ser financiada pela margem adicional que liberta (idealmente), o que deveria (mas é impossível) ser posto em pratica com a cativação do imposto gerado pelas exportações resultantes das campanhas de promoção. Mas isso já é outro tanto.
At 7:12 da tarde, Anónimo said…

Europe's WC

no comments
At 1:07 da manhã, Anónimo said…

Por melhor que seja o fotógrafo, ou que seja até o melhor do mundo, mas segundo li, a campanha custou 3 Milhões de Euros e que este
fotógrafo costuma cobrar cerca de 100 mil euros por cada fotografia
final. Já ouvi falar em 750 mil euros pelo seu trabalho...
Num país como Portugal dá para um cidadão português sentir-se verdadeiramente injustiçado... Eu pago a mais 21% do que eu compro... E acreditem, não tenho nenhumas facilidades!
Esta malta do governo anda a gozar e a rir do resto da malta...
At 9:44 da manhã, Consumering said…

A campanha destina-se a convencer os portugueses que vivem num país muito prá frente.

Como o esforço de fazer avançar o país é extremamente tímido, por uma vez parecem ter razão aqueles que acusam o governo actual de ser "só marketing".
At 11:09 da manhã, Anónimo said…

Creio que o Plantier tem razão quando diz que um país não se publicita. As percepções sobre determinado país resultam de anos e anos de consistência...não na publicidade nem na promoção do país, mas sim, consistência nas propostas de valores das empresas, das marcas e das pessoas desses países. Basta ver e conhecer com detalhe outros exemplos de country branding, meus senhores.
Portanto, parece-me que tentar transferir um atributo a Portugal não é possível e dificilmente se consegue que este abranja todas as áreas que (teoricamente) necessitam promoção (do turismo à economia). Nesse sentido, creio que a ideia de west coast (ao contrário do Conforto do "vende-se Portugal") é o mal menor, pois acaba por ser imediato, claro e com um conjunto de associações interessantes (e não tão overpromising). Traz uma nova perspectiva e poderá ser trabalhada claramente melhor do que esta campanha que apenas é feliz nos visuais fortes que tendem a ficar na memória.
De resto concordo com o Henrique (para não ficares triste) quando diz que esta campanha NÃO faz sentido veicular cá... (tal como a da viniportugal há uns anos)
Abraço
PS - Os impostos não pagam só isto. Pagam também a saúde, a educação, os mais desfavorecidos, etc... Não se tornem reaccionários nem anarcas!
At 1:00 da tarde, Consumering said…

Eu acho que o João Plantier está a ser demasiado exigente do esforço de promoção de Portugal.
Não tenho a ilusão que uma campanha publicitária possa ter um efeito na cultura do País. Mas pode e deve (se bem feita) ter um efeito no seu comércio externo. Ora, para tanto convém que essa mesma campanha venda qualquer coisita.
Assim, defendo (apenas) o Conforto como benefício, mas em campanhas destinadas ao turismo residencial sénior. Não esperaria mais nada da AICEP do que pegar nas suas dezenas de milhões de euros anuais e contribuir para a venda de dezenas de milhar de residencias.
Esquecendo a cultura, a representação simbólica, a eficácia da organização, a sociedade, tudo coisas (importantíssimas) que estão obviamente fora do alcance da promoção e portanto não devem ser chamadas à equação.

PS - como eu (in)felizmente não pago 3 milhões de euros de impostos, os meus impostos não chegam sequer para pagar as fotografias do nick. Resulta daí que não estou a contribuir nem para a saúde, nem para a educação.
At 12:00 da manhã, Anónimo said…

Knigth, Knigth? não é um canivete Suiço? Outra coisa: já que importam fotógrafos ingleses porque não importam ministros espanhóis a ver se tiram esta peniqueira do ultimo lugar da zona euro.
800.000?.Com caraças nem as meninas todas do Elefante Branco rendem isso o mês todo. E sendo isto um país de chulos é má governação dum país sem tomates!
At 7:05 da tarde, Unknown said…

Penso que esta campanha não passa de uma feira de vaidades, aprovada por aquele tipo de pessoa que por insegurança só usa grandes marcas e neste caso um fotógrafo famoso. Perante esta campnha completamente bacoca, cujo unico mérito foi promover o Nick Knight e pagando uma verba pornigráfica, sugiro algumas reflexões: 1- Quantos portugueses sabem quem é o senhor?(talvez poucas centenas, o que o transforma numa bengala inutil). 2-Porque não se contratou um fotógrafo Português? (temos dos melhores e este esquema da subreposição já foi por eles feito em campanhas anteriores, ainda sem meios informáticos/digitais - não vejo assim, mais valia ou criatividade alguma)3-Qual o público alvo desta campanha? (Estrangeiros que já cá estão? Portugueses que não conhecem o senhor?). 4- Quem vê as telas e os cartazes entende o quê? (Somos tão complexados que nos temos que comparar à costa Americana? As nossas estrelas precisam do Nick como bengala? É uma exposição de fotografia?) Penso sinceramente que daqui saiu a ganhar o Nick e a West Coast, mas a própria - a que sempre foi assim conhecida. Para nos permitirmos este estrangeirismo, PAGÁMOS A DOER. Percebem agora o tipo de gente que nos governa?...desculpem! queria dizer - que connosco se governa. Quando os meus filhos estão demasiado obsecados com as roupas de marca, pergunto-lhes - O que é que tu vales nú? O que é Portugal vale sem o Nick e a West Coast? e a Mariza? e o Mourinho?
At 6:45 da tarde, Anónimo said…

800.000 euros.Sim são os preços correntes que se praticam por esses mundos foras na fotografia,nas campanhas.Os valores são aproximados.chamem o La Chapelle,o Lindberg,o Testino,o Toscani( o tal das campanhas da benneton) etc.Como dizia o falecido Helmut Newton,"Sou caro,mas tenho retorno,senão não apostavam em mim"
Se cá em Portugal os fotografos trabalham de borla,a culpa é dos proprios,que levaram a fotografia nacional ao descredito,baixando os preços.Por isso ja ninguem dá orçamentos pelo telf,ou fax(não seja um concorrente que dps faça por metade ou menos ainda) :):)
Por isso o Homem Cardoso(honra lhe seja feita) ainda és dos unicos que tem uns honorarios elevados.Os outros praticamente pagam pra trabalhar :):)
Há uns anos atras,15 ,20 anos os fotografos portugueses eram bem pagos.Se agora não são os unicos culpados são os próprios.Porque em vez de baixarem os preços para concorrer,deveriam apostar antes na qualidade e não no orçamento.
At 6:50 da tarde, Anónimo said…

Realmente é mesmo de "Tuga" o provincianismo bacoco e da falta de humildade.Então na fotografia e nos carros somos todos "Alonsos" e "Nicks Knigts".
Basta comprar uma Reflex D e ja estamos aptos a fazer Fotografia :) :)
Já que falam tanto na estranja la os amadores não se armam,nem entram nestas ondas.Fazem da fotografia um hobby e deixam os trabalhos pra quem sabe.Aqui no burgo nos sites da net há pessoal capaz de fazer esta campanha. :):)
Depois falam no dinhheiro que pagaram ao fotografo.Isso são sos numeros que qualquer fotografo inglês ,francês,americano,italiano, famoso pratica.Cá no burgo ate oferecem fotos e trabalhos de borla.Por isso se calhar o descredito da fotografia tuga.
Sabem quanto pagam por uma fotografia,pra sair numa revista ou jornal,na alemanha ou outro qualquer país da Europa.E aqui como é ?
Vão buscar estagiarios e entreteêm-nos 3 meses de borliu e depois pontapé no traseiro,que vêm outros.O Knight pra quem não sabe nos anos 80 foi só o tipo q inventou o famoso Processo Cruzado(fotografarem slide e revelar em C41),na moda é dos mais conceituados a nivel mundial. Basta pesquisar no Google.Grandes estrelas da musica ou outra arte o devem a ele.O "zé do olhares " ou o "vitor do 1000" (como são geitosos e desenrascam-se) tb se acham com capacidade pra fazer esta campanha e muito mais.e alem disso se calhar até o faziam de borla ou ate pagavam pelo trabalho.
O resto é conversa e a famosa dor de cotovelo nacional.
Como diz o povo "presunção e agua benta...
At 3:01 da tarde, PR said…

esta campanha convence os portugueses que habitam na linha de cascais: os surfistas, os publicitários, os marketeers tontos e o governo que gosta de dar uma de sofisticado e bronzeado.

Ide a trás-os-montes, ao porto, a setúbal, a leiria, ao algarve. E digam-me se avistam alguma costa doirada da europa.

a ideia é gira - europe's west coast - mas merece um "post", não uma campanha publicitária, porque não passa de masturbação intelectual. Pouco agregadora, irreal e inócua.

Acho eu.
At 3:03 da tarde, PR said…

quanto aos preços, se querem a minha opinião, acho-os irrelevantes.

se a campanha funcionasse, achava barato. se não funciona acho caro e mal empregue. é assim que o mercado funciona.
At 6:01 da manhã, Anónimo said…

Caro anónimo; antes de falar de «provincianismo bacoco e da falta de humildade», por favor aprenda a escrever. Basta de desculpas. Qual "falta de tempo", qual carapuça: se nem sabe escrever, então cale-se.
At 10:52 da tarde, Anónimo said…

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