Consumering

Se o marketing adapta um negocio ao mercado o que que fazem as empresas que se adaptam ao consumidor? Fazem Consumering. Um blog de artigos sobre como transformar uma empresa comercial num negocio de produtos preferidos pelos consumidores. www.consumering.pt

16/12/2007

"é só marketing"



A noção que o marketing é um acessório de manipulação perverso e dispensável (como os advogados) é bastante irritante para quem tem a noção que a preferência dos consumidores é um dos maiores mecanismos de progresso alguma vez inventados.

No entanto, há que reconhecer que um governo que recorre a todos os truques de ilusão para convencer os Portugueses que vivem num País melhor do que alquele que são capazes de construir, é bastante desagradável.


Nota - a actual campanha do WC é puramente tática e interna. Não tem nada feito com o objectivo de impressionar um estrangeiro que seja (excepto o nick knight que está por estes dias bem impressionado com o cheque que recebeu de Portugal).


Por uma vez, apetece juntar ao coro dos que dizem "deixem-se de marketings e trabalhem" (no produto). Pois esta tentativa de manipulação dos tugas (encapotada sobre o tema da promoção externa) é bastante inquietante.

Ainda há tanto para fazer (reformas a sério) que esta tentativa de celebrar (ou meter àgua na fervura) é um claro sinal que as verdadeiras reformas, aquelas que são difíceis de fazer, não vão aparecer até às próximas eleições. Inquietante é pensar que (pelo menos) até ás eleições de 2009, o País vai estar sempre em festa.

3 Comments:

  • At 3:17 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Concordo e aplaudo tudo o que disse, excepto a parte de o marketing ser «um dos maiores mecanismos de progresso alguma vez inventados».

    Ver o marketing ou a propaganda, que é sua prima política, como algo mais do que instrumentos de manipulação, frequentemente abusados e improdutivos, é típico de quem vive à conta deles.

    Vejo o marketing como aqueles donos de restaurantes, que, sem nos conhecerem de lado nenhum, vêm à rua e nos convidam amistosamente a entrar, nos sentam com cerimónia, nos recomendam o peixe grelhado do dia, e depois vão dizer ao cozinheiro para nos dar o peixe de há quatro dias, pois de contrário terá de ir para o lixo.

    Pior: ao contrário do dono de restaurante, a quem apesar de tudo podemos reclamar, aos marketeers nem isso podemos fazer. Se chegar ao pé do Edson Athaíde e lhe disser que o Guterres era uma fraude e o Carrilho um oportunista a quem não daria a gestão de um condomínio, quanto mais de uma cidade, serei recebido com um encolher de ombros e o inevitável "só faço o meu trabalho".

    Sim, é esse o trabalho dele: vender o peixe dos outros, por muito insalubre e pouco recomendável que seja. E mais: quer ser (muito) bem pago por isso. E mais: chega a casa ao fim do dia, e sente-se bem consigo próprio. E mais: dá-se a ares de guru, e mama em todos os tachos, jornais, e eventos a que pode deitar a mão, para gáudio da sua legião de fiéis, que absorvem as palavras do mestre na esperança de um dia, sacarem tanto como ele.

    Um exemplo final: o marketing da banca. Mencionou há alguns posts atrás, a campanha do Montepio "seja o dono do seu banco". Eu não era cliente do Montepio, mas após ver a campanha, fiquei com menos vontade de o ser. Quem se dá ao luxo de gastar milhões em tão gritante demagogia e imbecilidade, não vive no mesmo mundo que eu.

    E depois há os anúncios televisivos. Aquele jantar de amigos, em que todos se congratulam por serem os "donos do Montepio", por pouco não me levou ao vómito. Não, não se trata de uma hipérbole. E que dizer do concurso do Jorge Gabriel, em que o casal decide aplicar o dinheiro nos produtos do Millennium? Haverá limites para a estupidez e falta de realidade? Comparado com isto, a publicidade dos detergentes parece quase sofisticada.

    É por estas e por outras (Millennium: "a vida inspira-nos" - a vida! não o nosso dinheirinho), que acredito que o marketing é de facto muito útil - para as contas bancárias de quem o faz.

     
  • At 11:51 da manhã, Blogger Consumering said…

    "a preferência dos consumidores é um dos maiores mecanismos de progresso alguma vez inventados"

    o marketing é uma sem vergonhice perversa que manipula essa preferência. Inesperadamente, o marketing cria defesas nos consumidores tornando a sua preferencia mais sólida.

    Portanto, a preferência do consumidor, o mercado de consumo aberto, é um (o) dos maiores mecanismos de progresso. O marketing é apenas uma ferramenta que tentanto perverter, acaba por fortalecer.

     
  • At 1:31 da manhã, Blogger Virgínia Coutinho said…

    Algumas perguntas:

    Qual o produto da marca Portugal?
    E como trabalhar esse produto?

    Muito se tem falado contra o facto de Portugal estar a ser trabalhado como uma marca (pelos vstos, apenas porque a Espanha também o faz), mas porque substimarmo-nos?

    Somos preguiçosos, "estamos na cauda da Europa", mas em vz de perdermos tempo a lamentar é preciso meter mãos à obra!!

    E já agora...vamos aproveitar para fazer a nossa parte enquanto parte da marca....

     

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