Consumering: Continua – 4º capítulo da Marca Portugal

11/09/2006

Continua – 4º capítulo da Marca Portugal

Hoje, dia 11 no Diário Económico, não perder o 4 – Portugal para ser, tem de querer em versão curta. Basta seguir o link.

11 Comments:

At 10:21 da tarde, Anónimo said…

João,
Concordo consigo em parte. Acho as empresas também têm uma grande responsabilidade e um papel importante no fortalecimento das marcas-país. O problema é que para se ser um País de Marcas é necessário ser um País de Marca, e essa é um grande barreira para qualquer empresa portuguesa com ambições internacionais. É aí que deve actuar a Marca Portugal, fazer com que essa barreira desapareça ou seja atenuada, de uma forma realista focando naquilo que realmente podemos ser melhores que os outros e não ter a pretensão de querer competir naquilo que os nossos concorrentes "virtuais" ou "platónicos" são imbativeis.
At 12:01 da tarde, Anónimo said…

Sim, mas nisso eu concordo. Cabe também às empresas ajudar a construir a marca do país. Até porque acho que boas marcas podem produzir um efeito de halo sobre outras oriundas do mesmo país. veja-se o caso da India. é comum ver-mos escrito que India é um país de conhecimento, tecnológico, com mão de obra barata e ultra especializada, derepente ficou moda todas as grandes companhias terem serviços em outsourcing a partir de lá.Isso acontece apenas num necleo tecnológico da cidade de Bangalore. Sendo a India o país da dimensão que tem, veja o efeito Bangalore sobre a marca India.
At 12:15 da tarde, Anónimo said…

(cont) O que acho muito dificil é um produto portugues tentar competir em categorias já tomadas por outros paises, cada qual com os seus atributos. Podemos fazer o exercicio de imaginar o que aconteceria se em Portugal se cria-se uma marca de automóveis. Até vou mais longe essa marca até conseguia ter mais qualidade que algumas em certos pontos e até era capaz de superar outras marcas de peso em testes. O facto de ser um automovel portugues era sinónimo de condenação ao insucesso.
At 6:55 da tarde, Consumering said…

Hiper interessante debate, vou mandar só mais achas:
1 - Há uma diferença entre ser e parecer português.
A Aerosoles e a Logoplaste e outras tantas não parecem portuguesas, não se apresentam como portuguesas (vide "fly london") e às vezes nem são mesmo portuguesas (vidé origens da "aerosoles").
Acontece que para um estrangeiro não interessa puto o que é português, só interessa o que parecer ser. E nisso, infelizmente não existe nenhuma marca de sucesso para além do vinho rosé (vide programa portugal marca do ICEP).
2 - A Marca Portugal está acima das marcas portuguesas.
Não é insensível, mas está claramente acima e tem mais capacidade para influenciar as marcas portuguesas do que ser influenciada por elas. Assim sendo, a marca portugal deve ou não ser gerida autonomamente?
3 - O joão tem razão, o ICEP não tem capacidade.
Basta ver o que faz e tem feito o ICEP para constatar ao absurdo o que é não ter capacidade. No entanto, o ICEP e amigos gastam cerca de 100milhoes de euros ano em coisas relacionadas com a promoção de portugal e isto não inclui incentivos nem financiamento. São 100 milhoes para campanhas! ora, este valor é mais do suficiente para uma marca, poucas têm tanto dinheiro, basta saber gastar. E o problema do icep tem sido verdadeiramente incapacidade de o fazer em condições.

Em conclusão: Bem vindo João.
Eu acho que é possivel e desejável trabalhar a Marca Portugal, um pouco até à revelia dos empreendedores portugueses, que se o trabalho for bem feito o resultado seria fenomenal. Não podemos é contar com o icep para esse efeito, porque a incompetência (deles) não é prova de impossibilidade (da sua missão).
At 1:05 da tarde, Anónimo said…

Quero só acrescentar uma coisa. Embora o João tenha dado um exemplo de cada, a Logoplaste e Aerosoles, há algumas diferenças em vender B2B, como é o caso da Logoplaste, ou ao consumidor final. Ao contrário do B2B, quando é o consumidor final o decisor da compra, a questão da marca e do país torna-se mais decisiva. Existem outras variáveis envolvidas no B2B como oportunidades de apresentação, garantias contratuais, negociações pontuais, etc que não são tão frequentes quando nos estamos a dirigir aos consumidores finais onde a decisão de compra está no pensamento colectivo e não concentrada em poucas pessoas ou departamentos que podem garantir grandes volumes de negócio.Há menos margem de erro quando nos dirigimos ao consumidor final.
At 12:40 da tarde, Anónimo said…

No Público de hoje sobre o novo semanário Sol : " Este modelo será inteiramente novo : não é um jornal de referência, não é um tabloide nem é uma revista, é tudo isso. ". Se é corajoso lançar um jornal com estas características neste momento, penso que a coragem se esgotou aí e está a fazer falta para assumir aquilo que são. O que vale é que não está sozinho... a maioria alinha pela mesma bitola.
At 2:20 da tarde, Consumering said…

Infelizmente apenas uma mini-micro-minoria de pessoas sabe que:

Ser tudo = Não ser nada

Uma informação tão escassamente divulgada que possui-la não distingue um auto-candidato ao nobel de um director e jornal.
Sobre os jornais: Fazer melhor é fácil, conseguir fazê-lo é que é dificil.
Eu explico: Fazer melhor que o expresso (ou a RFM) é relativamente fácil, o mais difícil é conseguir levar avante esse feito contra todas as resistências e tabus e ideias feitas.
At 10:28 da manhã, Anónimo said…

...compreendo perfeitamente o que estás a dizer!
At 12:46 da tarde, Anónimo said…

Ou seja, não tem um claro motivo de compra. Devo comprar o Sol porque é : audaz, fresco, corajoso, jovem, critico, de referência bla, bla ou porque é uma revista, um tabloide, um semanário, etc?! O seu possível, mas pouco provável sucesso será concerteza uma excepção às várias regras que este ataque vai contra!
At 1:00 da tarde, Anónimo said…

Claro que esta movimentação e estratégia foi "arquitectada" não por especialistas e conhecedores do mercado, mas pelos homens que vão fazer o produto em si, embora sejam os primeiros que agora tenham de lidar com isso profissionalmente.Vamos ver os desenvolvimentos, para já o que os exemplos nos dizem é que um ataque frontal feito a um lider destacado e obviamente mais poderoso(em situações normais assim deveria ser)tem poucas probabilidades de sucesso.
At 1:26 da tarde, Anónimo said…

pois pois....