“é para a imagem”
Andam por aí uns artistas do debate, que parecem ter-se especializado no argumento “é para a imagem”, usando-o abundantemente como o último recurso na defesa do seu ponto de vista. Normalmente dá-se-lhes o caso de toda a lógica e a generalidade do bom senso indicarem uma determinada conclusão que é contrária à que desejam, como tal não resta ao irredutível argumentador alegar que determinada acção foi justificada por ser (boa ou má) para a imagem de uma categoria em geral.
São deste caso exemplo as frequentes posições corporativas, de alguns caciques em defesa da impunidade. Por exemplo, mais que uma vez a Anecra denunciou-se contra a fiscalização dos taxistas no aeroporto de Lisboa. Alegadamente porque a exposição das aldrabices seria má para a imagem dos associados, omitindo assim que as aldrabices são bem piores para quem usa o serviço.
No mesmo registo, encontram-se nos jornais frequentes apelos ao silêncio das opiniões para preservar uma “imagem de unidade”, esperando conseguir pela omissão, um substituto suficientemente convincente à falta de efectiva união.
Nestes ou noutros exemplos, a verdade é que o soundbite “é para a imagem” dói sempre, quer seja para o bem ou para o mal da dita imagem. Pois o soundbite “é para a imagem” tem uma tendência para ser aplicado sempre que a realidade, o bom senso ou a inteligência indicam num sentido oposto ao do desejo.
Isto de ser bom ou mau “para a imagem”, são pois apenas duas variantes do mesmo defeito. A tentativa de ocultar a realidade com uma ilusão. Procurando ingenuamente que a representação da imagem se substitua à experiência dos factos.
Acontece que a imagem além de ser feita de factos é ela própria insubstancial, não se come. Em contrapartida, a realidade tem uma tendência irritante para com o tempo contradizer a ilusão. Como tal, se uma pessoa, empresa ou organização começar a estar preocupada com o que faz “para a imagem” (por exemplo em anunciar a sua responsabilidade ambiental) em vez do que faz a sério (no caso do exemplo em reduzir o seu impacto ambiental), tende a ser sinal que a realidade dos seus resultados acabará por desiludir as suas intenções de imagem.
São deste caso exemplo as frequentes posições corporativas, de alguns caciques em defesa da impunidade. Por exemplo, mais que uma vez a Anecra denunciou-se contra a fiscalização dos taxistas no aeroporto de Lisboa. Alegadamente porque a exposição das aldrabices seria má para a imagem dos associados, omitindo assim que as aldrabices são bem piores para quem usa o serviço.
No mesmo registo, encontram-se nos jornais frequentes apelos ao silêncio das opiniões para preservar uma “imagem de unidade”, esperando conseguir pela omissão, um substituto suficientemente convincente à falta de efectiva união.
Nestes ou noutros exemplos, a verdade é que o soundbite “é para a imagem” dói sempre, quer seja para o bem ou para o mal da dita imagem. Pois o soundbite “é para a imagem” tem uma tendência para ser aplicado sempre que a realidade, o bom senso ou a inteligência indicam num sentido oposto ao do desejo.
Isto de ser bom ou mau “para a imagem”, são pois apenas duas variantes do mesmo defeito. A tentativa de ocultar a realidade com uma ilusão. Procurando ingenuamente que a representação da imagem se substitua à experiência dos factos.
Acontece que a imagem além de ser feita de factos é ela própria insubstancial, não se come. Em contrapartida, a realidade tem uma tendência irritante para com o tempo contradizer a ilusão. Como tal, se uma pessoa, empresa ou organização começar a estar preocupada com o que faz “para a imagem” (por exemplo em anunciar a sua responsabilidade ambiental) em vez do que faz a sério (no caso do exemplo em reduzir o seu impacto ambiental), tende a ser sinal que a realidade dos seus resultados acabará por desiludir as suas intenções de imagem.
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