Consumering

Se o marketing adapta um negocio ao mercado o que que fazem as empresas que se adaptam ao consumidor? Fazem Consumering. Um blog de artigos sobre como transformar uma empresa comercial num negocio de produtos preferidos pelos consumidores. www.consumering.pt

05/04/2005

I - É bem melhor acompanhado.

Aceitando que o marketing é em tudo similar ao engate, por onde deve começar uma empresa virgem em busca do contacto com o consumidor. Pelo princípio. Pelos porquês das coisas. E são esses porquês, o porquê de escolher um parceiro sexual, ou o para quê ter um cliente. Ora, no que toca às relações, a escolha de um parceiro faz-se normalmente com o fito de arranjar companhia, todos sabem que o sexo a sós não tem muita piada. E como sempre o mesmo se também aplica ao marketing. O marketing faz-se com o fito de arranjar uma venda, um cliente, um comprador. Porque isto de vender a ninguém é possível, mas não dá assim muito dinheiro.

Estabelecer um objectivo, é meio caminho para chegar até lá, porque pelo menos já se sabe onde esse tal lá fica. Então, é pela definição do cliente-objectivo que devem começar todas as marcas, desde as mais virgens, até às mais estabelecidas. Normalmente, quando se procura um parceiro para aquilo que se sabe, costuma-se procurar por alguém que seja compatível com as próprias personalidades e gostos. De facto, não passa pela cabeça de ninguém, a não ser dos casos severos de ninfomania aos quais tudo lhes passa pela cabeça. Dizia-se que, não passa pela cabeça de ninguém considerar que tudo o que vem à rede é peixe e qualquer um potencial qualquer coisa é também um potencial prato a comer.

Até mesmo os mais inexperientes da vida têm uma ideia, uma fixação, ou um perfil de gosto com que se define o tipo de pessoa com o qual se identificam e com o quem gostariam de passar o seu tempo. Nem sempre é algo muito definido, mas normalmente está bem delimitado no sexo, idade, nível intelectual e ambições. Ou seja, a escolha de um grupo alvo sociodemográfico é o ponto de partida essencial para se chegar algum dia a fazer uma venda. Sem isso não há menos hipóteses de conseguir alguma relação feliz.

Ainda que o mesmo se aplique às marcas, a verdade é que a maioria dos gestores muito hesita antes de definir o tipo de clientes que gostariam de ter. Crentes da teoria de que, as que não dão na terra, levam depois no céu. Muitos dos gestores de marca acham que um cliente é qualquer um que paga e depois isso de ser de um grupo alvo logo se vê. Até aqui tudo bem, o problema que emerge desta indecisão é que se a marca em questão optar por não escolher o tipo de cliente que gostava de ter, não o vai encontrar facilmente e é só por isso que se tornará bastante mais difícil facturar alguma coisa com ele.

Esquecem-se os gestores que para vender não se trata de esperar que os clientes entrem pela porta adentro. É que essa coisa dos casamentos arranjados é negócio de outros tempos, e hoje em dia poucos mais do que a edp ou a pt ainda têm desse tipo de arranjinho monopolista. Para a maioria das empresas, se nada fizerem pela sedução do seu cliente, não há cliente que lhes vá cair à porta. Por isso não lhes resta outra alternativa do que sair à procura dele. E se vai à procura sempre ajuda saber onde procurar.

Para chegar a um qualquer arranjinho e encontrar um cliente, convém ter antes de mais uma ideia de que tipo de gente será esse tal cliente. Este processo chama-se de definição do Grupo Alvo e é o primeiro passo para quem quer um parceiro. Pode parecer fútil, mas pergunte-se à sua marca, o meu cliente é do tipo..... Se a reposta for difícil então fique sabendo que sem definir o seu Grupo Alvo o mais provável é acabar por ser uma daquelas marcas que se passeiam sozinhas, sem sexo, no supermercado.

2 Comments:

  • At 12:45 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Muito gira a explicação da definição de grupo alvo!



    Tenho uma dúvida em relação a esta frase (que é ridiculamente minima): E se vai à procura sempre ajuda saber onde procurar. Ou o que procurar??



    Outra coisa:

    "De facto, não passa pela cabeça de ninguém, a não ser dos casos severos de ninfomania aos quais tudo lhes passa pela cabeça. Dizia-se que, não passa pela cabeça de ninguém considerar que tudo o que vem à rede é peixe e qualquer um potencial qualquer coisa é também um potencial prato a comer"

    Não acho que funcione bem esta ligação de frases... mas são gostos... gosto do conceito, a frase faz-me confusão.



    É engraçado, mas embora a busca de pareceiro seja muito instintiva, a verdade é que relamente à partida está definido um tipo socio-demografico!! No minimo o sexo e um intervalo aceitável de idades do grupo -alvo!!



    O teu próximo artigo pode ser como escolher o grupo alvo!!!!!

     
  • At 11:16 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    "se passeiam sozinhas, sem sexo, no supermercado" é muito bom.
    O problema é que os gestores de muitos produtos e marcas que andam por cá gostam até, de comprar sexo. E aqui começam as comodidades. Lembram-se em cima da hora de investir em grandes espaços pub, entregar o limão às agências (e pagá-lo bem caro) e se não aumentarem as vendas a culpa é do parceiro a quem paguei para ter o sexo e no final até fiquei a pensar que não foi nada demais. até tinha engatado outra no bar da esquina, mas assim pago e não tenho que me preocupar. está feito e não a vou voltar a ver. Vou procurar outra.

     

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