28 - Vã glória de mandar
“Vaidade, é tudo vaidade. Que tira o homem do trabalho com que se afadiga? Gerações passam, e a terra permanece firme. O sol nasce, põe-se, e torna ao lugar donde partiu. Todos os rios entram no mar, e nem por isso o mar transborda. Que é o que foi? O mesmo que será. Não há nada de novo debaixo do sol“ No Antigo Testamento, livro de Eclesiastes, Salomão aponta aos Homens a sua insignificância. Alguns animais extintos depois, argumenta-se agora que o Homem não pode é ir contra a vontade de Deus. Seja como for, aplicado ao mercado de consumo, o que Salomão parece querer dizer, é que não vale a pena o esforço de organizar festas para promover as marcas. Isto porque, mal acaba o cocktail, as socialites costumam correr para o seguinte, e à marca que pagou a festa, não costumam dar mais do que uma legenda na revista. Ainda assim, mesmo arredados do jet-set, os gestores de marca insistem em organizar festas. O que, sendo verdade, muitas das vezes é uma forma de serem convidados. Também há muitos a argumentar que essas festarolas se destinam a dar visibilidade à marca, tornando o público mais identificado com os seus valores.
Ora, com argumentos destes, não admira que o comum dos mortais ache que os anunciantes são uns aldrabões. O consumidor até acusa os anunciantes de andarem a hipnotizar o mundo para roubar dinheiro. Não é verdade, mas há que compreender o comum dos mortais, a acusação não é disparatada. Realmente, a publicidade tem como objectivo último levar o consumidor a gastar dinheiro. Mas também é verdade que, se um consumidor compra o que não precisa apenas porque viu um par de pernas, é legitimo privá-lo dos seus bens. Entre um lado e o outro, as marcas não podem limitar-se a excitar papalvos. Porque há por aí muito consumidor esperto, que mais do que comprar tudo o que lhe aparece, quer saber o que deve comprar.
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