Consumering

Se o marketing adapta um negocio ao mercado o que que fazem as empresas que se adaptam ao consumidor? Fazem Consumering. Um blog de artigos sobre como transformar uma empresa comercial num negocio de produtos preferidos pelos consumidores. www.consumering.pt

14/06/2005

1(mpe) – Marketing para pequenas empresas

Por alguma razão, o marketing e a marca são, para os empresários, sinónimos de luxos apenas ao alcance das grandes empresas e multinacionais. Por alguma razão, a mesma de antes, os pequenos negócios sofrem em competição e não têm dinheiro para a sua marca. Ainda pela mesma razão, as pequenas empresas descuram a sua reputação e vão deixando os serviços de imagem feitos em cima do joelho ou com a ajuda desastrada de amigos e familiares com jeito para a bonecada.

Esta estranha razão que limita o investimento das empresas em marketing chama-se bom senso. O bom senso de não investir numa coisa que não traz resultados ao negócio. Qualquer empresário com dois dias de experiência já viu suficientes casos de empresas que investiram o que tinham e não tinham na criação de uma marca, para depois falharem no negócio. Normalmente, é o caso de um desgraçado empreendedor, cego pela ignorância, que paga a peso de ouro por conselhos de especialistas que o levam a gastar na miragem de uma marca.

Por exemplo, houve um qualquer artista que convenceu a Associação de Turismo da Região Centro que anunciar o nome Lusitanea iria fazer alguma coisa pelo desenvolvimento da região. Infelizmente, muito dinheiro foi gasto e é mais que certo que não virá daí retorno algum. Ora, como estes exemplos não são raros, os empresários com um pouco de bom senso evitam fazer triste figura nestas histórias. Ainda por cima, o caso só piora quando os mesmos e supostos artistas que não trouxeram mais vendas, alegam que a função da publicidade e da marca não é bem vender, mas sim fazer umas outras coisas que não valem dinheiro, como sejam a notoriedade ou a associação de valores.

Mas é aqui que entra o bom senso. Se uma coisa não serve para ganhar mais dinheiro, então é dever do empresário avisado não gastar aí o seu dinheiro. O bom senso diz que só há duas acções boas para um negócio: gastar menos e vender mais. Por isso, tudo o que seja parecido com gastar mais e vender o mesmo, será sempre um mau investimento. É então este bom senso que limita o acesso dos empresários ao marketing. O que é pena, porque o bom marketing faz crescer, e muito, as vendas.

Sim, a função do marketing é aumentar as vendas e, por isso, quando em resultado do marketing as vendas não aumentam, então foi o trabalho mal feito e temos assim mau marketing. E como quem faz o seu trabalho mal feito é um mau profissional, todos os especialistas em marketing que não conseguem aumentar as vendas são maus profissionais. É pena.

É pena porque se fossem bons profissionais, as vendas aumentavam, e as empresas seriam mais saudáveis e teriam mais dinheiro. É aquilo a que se chama capitalismo. Mas como há muitos maus profissionais que gastam o dinheiro das empresas em coisas que não são nem mais baratas, nem trazem mais vendas, as suas empresas não prosperam e sofrem em competição com os grandes concorrentes multinacionais.

Isto tudo porque o bom marketing vende. O bom marketing não tem nada a ver com gastar dinheiro nem com o ser uma grande empresa. Porque aumenta as vendas o bom marketing fica surpreendentemente barato, e o que fica barato está ao alcance de qualquer empresa, por mais pequena que esta seja. Afinal se o bom senso do empresário só se limita a evitar despesas com mau marketing então falta inteligência para aumentar as vendas com o bom marketing.

Bom marketing para os pequenos, este é o tema desta rubrica que se manterá nestas páginas.

4 Comments:

  • At 11:16 da tarde, Blogger Hugo Henrique Macedo said…

    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

     
  • At 11:26 da tarde, Blogger Hugo Henrique Macedo said…

    boa introdução, mas soa a pouco...

    penso que podias reutilizar o metodo dos artigos da M&P onde introduzias, ou tiravas uma "alça" do proximo tema

    assim, convem avançares com o que vais apresentar a seguir, nos proximos episódios

    de resto, a escrita está clara, evitando algum do teu estilo mais intelectual e intrincado do M&P, e por isso bom para um publico mais vasto

    parabens por mais um passo!

    abraço
    H

     
  • At 12:48 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Um tema excelente, discute-se e teoriza-se tanto o marketing mas de uma forma tão grandiosa e ambiciosa, que dá ideia que a realidade de Portugal é constituída por grandes organizações com enormes recursos. O dia-a-dia é o oposto é a sobrevivência de pequenas empresas em que a aplicação das técnicas de marketing se reveste de uma grande capacidade criativa, porque não existem sistemas de informação que possam apoiar as decisões, não há ideia das quotas de mercado, do valor e jogadas da concorrência, do comportamento e necessidades dos consumidores, há pouco recursos e muito em jogo. Falta que os "gurus" se questionem sobre estas coisas e apontem caminhos.

     
  • At 1:01 da tarde, Blogger hidden persuader said…

    Lembro-me perfeitamente do enormes 8x3 da "Região Lusitanea" de que falas. Avistei-os algumas vezes de passagem por entre Coimbra - Poiares - Arganil. Mas nunca entendi bem a sua função enquanto veículo de uma certa mensagem. Seviriam eles para: 1) Falar com o habitante da região? (estilo propaganda à la Santana Lopes "esta região vai ter novas ... daqui a ...") 2) Promover a região aos olhos dos forasteiros que por ali passam? 3) Captar novos investidores?

     

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