Consumering

Se o marketing adapta um negocio ao mercado o que que fazem as empresas que se adaptam ao consumidor? Fazem Consumering. Um blog de artigos sobre como transformar uma empresa comercial num negocio de produtos preferidos pelos consumidores. www.consumering.pt

23/10/2008

Será responsável ter tanta responsabilidade?

Já Friedman dizia, the business of business is business. Mas enquanto o dinheiro foi barato e as vacas gordas (no ano passado) estas preocupações pareciam para muitos irrelevantes.
- Relatórios de sustentabilidade
- Sensibilização ambiental
Entre outras palermices que tal, consumiram recursos impensáveis em organizações até então economicamente saudáveis. Agora que, felizmente, a luta volta a ser pela sobrevivência das empresas e organizações. Será responsável sustentar os vícios e maneirismos caros da responsabilidade social e ambiental das empresas?

9 Comments:

  • At 3:21 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Percebo o tema, só não percebo é que "o tema" venha de uma pessoa "do marketing". O mesmo raciocínio que aplica às políticas de responsabilidade social das empresas, é o mesmíssimo argumento utilizado amíude falando da comunicação, das RP, do marketing. Há 30 anos atrás se se falasse de certos budgets (em % actividade global) para os referidos, muita gente ficaria de boca aberta.

    Hoje já se percebeu para o que serve essa coisa "do marketing", e num futuro não muito distante acontecerá o mesmo com esta coisa "da RS". Para quem fala tanto (e muito bem) em ROI devia saber o bem que faz a RS, às organizações. A um centésimo do custo.

     
  • At 3:35 da tarde, Blogger Consumering said…

    É justo o comentário que a Responsabilidade Social é como o Marketing, há o bom o mau e o nem por isso.

    No entanto o Marketing (do bom, daquele que vende) já demonstrou em décadas ser (quando bem feito) um investimento que compensa largamente.

    Já a Responsabiidade Social e ambiental nunca passou por essa afirmação. Nunca teve oportunidade de demonstrar as suas qualidades e tem andado enrolada em vaidades e palermices.

    Portanto chegada a crise, acho provável que a primeiro sacrificada seja despesa que não provou o seu valor.

    Também espero que a crise sirva para purgar o marketing de parte da sua idiotisse infiltrada, mas isso será outra história.

     
  • At 6:29 da tarde, Blogger Rui Hermenegildo said…

    Um pouco de contraditório... :)
    Abraço,
    Rui
    http://dominiodosdeuses.blogspot.com/2008/10/business-of-business.html

     
  • At 6:53 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Um pouco idiota, o "post"... a responsabilidade ambiental é um maneirismo? E o ar que respiramos é o quê, um luxo supérfluo?

     
  • At 4:19 da tarde, Blogger Unknown said…

    Caro anónimo, creio que está a confundir o efeito com o enfeite.

     
  • At 4:20 da tarde, Blogger Unknown said…

    ...Precisamente por se ter feito da responsabilidade corporativa um maneirismo é que duvido que estas idiotices sobrevivam à crise.

     
  • At 5:11 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Nisso estou em total concordância. (Ainda)não é fácil mensurar com segurança o benefício para as organizações (para além das sinergias e dinâmicas que gera internamente entre os seus colaboradores) quando falamos de RS. Num contexto como o actual, será difícil fazer vencer estas teses.

    Quando a preocupação é reequacionar postos de trabalho, modelos e organigramas, não fará muito sentido gastar dinheiro em RS. Ainda que em % realtiva seja uma migalha quando comparado com outras atrocidades.

    Mas numa perspectiva estratégica, e como no marketing, o que é bem feito tem obrigatoriamente que vingar, mais tarde ou mais cedo.

    Tenho para mim que o grande problema nas organizações em Portugal, é que o tema da RS é encarado numa perspectiva de "quota", quando não é pior e é encarado como caridade. Tem que se fazer X de qualquer coisa. E não pode ser. Tem que se fazer X,Y ou Z de qualquer coisa que tenha a ver com o negócio e com os stakeholders.

    Por exemplo, não fará sentido as papeleiras fazerem RS no âmbito da proteção da floresta? Ou a FNAC na educação, com as escolas, com os alunos? Faz. E às vezes é tão simples e a um custo ínfimo. Com retorno para todos, para a sociedade, para grupos específicos e para as organizações.

     
  • At 10:24 da manhã, Blogger Consumering said…

    As crises são em teoria bons momentos para purgar disparates e centrar no que interessa.

    Quanto mais tonta for uma actividade maior o risco de ser posta na ordem pelo rebentamento da bolha.

    Repare-se por exemplo o bem que fez à internet o rebentamento da bolha das dot.com. Só pelo Google valeu a pena a matança.

    Desta vez a crise é grande, há por aí muita palermice a precisar de ser posta na linha:
    - responsabilidade social de fachada (tomemos por boa a descrição)
    - redes sociais excitadas
    - marketing idiota.

    Nem a propósito. Repararam no "profit warning" lançado pelos Olímpicos Londres 2012? Pois é o mercado dos patrocínios também vai para a cura do detox. Bem precisa.

    Esta crise é grande, muito grande, há muita coisa a precisar de ser posta na linha.

     
  • At 5:30 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Há certamente muita coisa a precisar de ser posta na linha, de acordo. A primeira, é precisamente a noção de que o lucro não pode ter limites.

    A maior parte das pessoas, lembro de passagem, vive mal. Mesmo nos países melhores, passamos a maior parte da vida agarrados a rotinas que poderão ser indispensáveis à sociedade (ou não), mas que continuam a beneficiar muito mais uma reduzida percentagem de pessoas.

    Quando se fala em distribuição de riqueza, passa-se por comuna. Quando se fala do ambiente, nem que seja "epá deixam lá de largar o lixo tóxico no rio", passamos por greenpeaces fanáticos.

    O autor deste blog, menciona Friedman, um dos arautos da situação que hoje temos. Estão à vista os resultados.

     

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