Será responsável ter tanta responsabilidade?
Já Friedman dizia, the business of business is business. Mas enquanto o dinheiro foi barato e as vacas gordas (no ano passado) estas preocupações pareciam para muitos irrelevantes.
- Relatórios de sustentabilidade
- Sensibilização ambiental
Entre outras palermices que tal, consumiram recursos impensáveis em organizações até então economicamente saudáveis. Agora que, felizmente, a luta volta a ser pela sobrevivência das empresas e organizações. Será responsável sustentar os vícios e maneirismos caros da responsabilidade social e ambiental das empresas?
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- Sensibilização ambiental
Entre outras palermices que tal, consumiram recursos impensáveis em organizações até então economicamente saudáveis. Agora que, felizmente, a luta volta a ser pela sobrevivência das empresas e organizações. Será responsável sustentar os vícios e maneirismos caros da responsabilidade social e ambiental das empresas?
9 Comments:
At 3:21 da tarde, Anónimo said…
Percebo o tema, só não percebo é que "o tema" venha de uma pessoa "do marketing". O mesmo raciocínio que aplica às políticas de responsabilidade social das empresas, é o mesmíssimo argumento utilizado amíude falando da comunicação, das RP, do marketing. Há 30 anos atrás se se falasse de certos budgets (em % actividade global) para os referidos, muita gente ficaria de boca aberta.
Hoje já se percebeu para o que serve essa coisa "do marketing", e num futuro não muito distante acontecerá o mesmo com esta coisa "da RS". Para quem fala tanto (e muito bem) em ROI devia saber o bem que faz a RS, às organizações. A um centésimo do custo.
At 3:35 da tarde, Consumering said…
É justo o comentário que a Responsabilidade Social é como o Marketing, há o bom o mau e o nem por isso.
No entanto o Marketing (do bom, daquele que vende) já demonstrou em décadas ser (quando bem feito) um investimento que compensa largamente.
Já a Responsabiidade Social e ambiental nunca passou por essa afirmação. Nunca teve oportunidade de demonstrar as suas qualidades e tem andado enrolada em vaidades e palermices.
Portanto chegada a crise, acho provável que a primeiro sacrificada seja despesa que não provou o seu valor.
Também espero que a crise sirva para purgar o marketing de parte da sua idiotisse infiltrada, mas isso será outra história.
At 6:29 da tarde, Rui Hermenegildo said…
Um pouco de contraditório... :)
Abraço,
Rui
http://dominiodosdeuses.blogspot.com/2008/10/business-of-business.html
At 6:53 da tarde, Anónimo said…
Um pouco idiota, o "post"... a responsabilidade ambiental é um maneirismo? E o ar que respiramos é o quê, um luxo supérfluo?
At 4:19 da tarde, Unknown said…
Caro anónimo, creio que está a confundir o efeito com o enfeite.
At 4:20 da tarde, Unknown said…
...Precisamente por se ter feito da responsabilidade corporativa um maneirismo é que duvido que estas idiotices sobrevivam à crise.
At 5:11 da tarde, Anónimo said…
Nisso estou em total concordância. (Ainda)não é fácil mensurar com segurança o benefício para as organizações (para além das sinergias e dinâmicas que gera internamente entre os seus colaboradores) quando falamos de RS. Num contexto como o actual, será difícil fazer vencer estas teses.
Quando a preocupação é reequacionar postos de trabalho, modelos e organigramas, não fará muito sentido gastar dinheiro em RS. Ainda que em % realtiva seja uma migalha quando comparado com outras atrocidades.
Mas numa perspectiva estratégica, e como no marketing, o que é bem feito tem obrigatoriamente que vingar, mais tarde ou mais cedo.
Tenho para mim que o grande problema nas organizações em Portugal, é que o tema da RS é encarado numa perspectiva de "quota", quando não é pior e é encarado como caridade. Tem que se fazer X de qualquer coisa. E não pode ser. Tem que se fazer X,Y ou Z de qualquer coisa que tenha a ver com o negócio e com os stakeholders.
Por exemplo, não fará sentido as papeleiras fazerem RS no âmbito da proteção da floresta? Ou a FNAC na educação, com as escolas, com os alunos? Faz. E às vezes é tão simples e a um custo ínfimo. Com retorno para todos, para a sociedade, para grupos específicos e para as organizações.
At 10:24 da manhã, Consumering said…
As crises são em teoria bons momentos para purgar disparates e centrar no que interessa.
Quanto mais tonta for uma actividade maior o risco de ser posta na ordem pelo rebentamento da bolha.
Repare-se por exemplo o bem que fez à internet o rebentamento da bolha das dot.com. Só pelo Google valeu a pena a matança.
Desta vez a crise é grande, há por aí muita palermice a precisar de ser posta na linha:
- responsabilidade social de fachada (tomemos por boa a descrição)
- redes sociais excitadas
- marketing idiota.
Nem a propósito. Repararam no "profit warning" lançado pelos Olímpicos Londres 2012? Pois é o mercado dos patrocínios também vai para a cura do detox. Bem precisa.
Esta crise é grande, muito grande, há muita coisa a precisar de ser posta na linha.
At 5:30 da manhã, Anónimo said…
Há certamente muita coisa a precisar de ser posta na linha, de acordo. A primeira, é precisamente a noção de que o lucro não pode ter limites.
A maior parte das pessoas, lembro de passagem, vive mal. Mesmo nos países melhores, passamos a maior parte da vida agarrados a rotinas que poderão ser indispensáveis à sociedade (ou não), mas que continuam a beneficiar muito mais uma reduzida percentagem de pessoas.
Quando se fala em distribuição de riqueza, passa-se por comuna. Quando se fala do ambiente, nem que seja "epá deixam lá de largar o lixo tóxico no rio", passamos por greenpeaces fanáticos.
O autor deste blog, menciona Friedman, um dos arautos da situação que hoje temos. Estão à vista os resultados.
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