O fim de uma era.

Era uma vez a melhor descoberta desde que há descobertas. Depois do fogo, da roda, da escrita e de milhares e milhares de anos a investigar, o homem aprendeu a voar. O feito, fantástico, teve o seu parto oficial nas dunas de Kitty Hawk, a 17 de Dezembro de 1903. E com esse curto planar iniciou-se uma corrida planetária. Mais alto, mais rápido, mais longe. Os jogos olímpicos, curiosamente quase gémeos de nascimento do voo motorizado, deram o mote para a indústria aeronáutica. Aos planadores seguiram-se os aviões militares, os comerciais, os jactos, o x-1 supersónico, o Jumbo-747, o Blackbird, o Concorde. Em superação, sempre em superação, passando de mão em mão o ceptro do mais avançado avião. Até ao dia 25 de Julho de 2000, na vila de Gonesse em que o único avião de cadastro 100% limpo teve um deslize. Em coisa de dias, e de uma centena de vítimas, o céu foi privado do Concorde, o seu mais exuberante pássaro de metal e a fé do Homem em si mesmo, deu um passo atrás. Acabou uma era.
 
Era com uma introdução destas que começavam os artigos que por aqui passaram. Era. Porque tudo o que começa tem um fim. E ainda que volte não será da mesma forma. O Consumering vai para reformulação.
 
Por aqui, passaram 42 artigos que marcaram uma era nesta morada. Mas daqui para a frente não há mais. Não há mais assunto. Acabou. Era bom? Talvez, mas acabou.
 
Então e agora? Agora vão aparecer por aqui algumas tentativas. Projectos mirabolantes como o SpaceShipOne. Ideias de utilidade duvidosa. Tentativas de futuro incerto. Mas, se tiverem os comentários que tiveram os anteriores artigos. Ainda melhoram. Ainda se encontra um novo formato. E com isso inicia-se uma nova era.
 
Era aqui que queria chegar. Os artigos anteriores vão voltar para o estaleiro. Vão ser corrigidos, coligidos, melhorados, até chegarem às prateleiras em formato de livro. Compre-o porque vai valer a pena. Por aqui, vão aparer as tentativas para criar um novo formato. Voltem sempre.