Consumering

Se o marketing adapta um negocio ao mercado o que que fazem as empresas que se adaptam ao consumidor? Fazem Consumering. Um blog de artigos sobre como transformar uma empresa comercial num negocio de produtos preferidos pelos consumidores. www.consumering.pt

22/02/2006

O que de positivo se tem feito.

Um anónimo que por aqui passou pedia que se reflectisse um pouco sobre o que de positivo tem sido feito pelos publicitários e criativos em Portugal.

É difícil. Elogiar é difícil porque, se por um lado é muito mais divertido criticar, por outro elogiar é uma posição demasiado criticável. Quem elogia corre facilmente o risco de elogiar a despropósito, fazendo-o como se recebesse dinheiro para os seus laudos.

Mas adiante, algum dia tinha de ser, e eis entãouma lista não exaustiva e absolutamente top-of-mind do que bem se faz em Portugal.

Do ponto de vista do anunciante tenho alguns casos fetiche:
- A Frize revolucionou uma categoria inteira e deixou as outras águas à beira de um ataque de nervos a perseguirem a própria cauda. Os resultados da Frize, quer os soft (reconhecimento, simpatia, etc), que os hard que são os que realmente interessam (vendas e quota de mercado) são tão brilhantes que não há como não se lhe tirar o chapéu.
- A Tele2 em 3 anos conquistou mais clientes do que todos os outros operadores alternativos juntos. A Tele2, com muito menos meios, fez verdadeiros estragos na PT (têm já mais de 15% de quota) enquanto todos os outros 15 (!) operadores que tentaram entrar neste mercado, todos juntos, não terão conseguido chegar aos 10%. A diferença, da Tele2 para os outros operadores é puro marketing.
- O Ponto Verde em 2005 converteu uns 600mil portugueses à separação das embalagens usadas. Não ocorre outro negócio em Portugal que tenha conquistado 600 mil clientes num só ano. Ainda por cima quando se fala de mudança de hábitos, ainda por cima quando se tem um orçamento que é pateticamente pequeno (1/25 do orçamento da Vodafone ou da TMN).
- O Minipreço que em 5 anos passou de patinho feio da distribuição a um líder que os concorrentes se dão ao trabalho de imitar ou de atacar.

Haverá certamente mais marcas muito bem geridas, mas esta lista de fetiches não é necessariamente nem justa, nem exaustiva.

Já do ponto de vista das agências criativas, do trabalho de criatividade, a lista dos favoritos é igualmente tendenciosa:

- A BBDO a quem alguém chamava de rei dos jingles, um epíteto que lhes fica a matar. Frases como “Bimbo com muito gosto”, “Quem sabe sabe e o Bes é que sabe”, “É verdade, não é só publicidade”, ou “menos ais, será demais pedir a taça” são apenas alguns exemplos do trabalho excelente da equipa da BBDO com a língua portuguesa.
- A TBWA a agência que mais cresceu em 2005 conquistando clientes com trabalhos inatacáveis como sejam o Ikea, o Minipreço, o Ponto Verde, ou (gulp...) a RFM.

Pronto, nenhum elogio é completamente isento, nem que seja porque só podemos elogiar aquilo que conhecemos, por isso, correndo o risco de ser tremendamente tendencioso, esta é a lista top-of-mind e limitada de algum trabalho excelente realizado por criativos e publicitários em Portugal.

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