Consumering

Se o marketing adapta um negocio ao mercado o que que fazem as empresas que se adaptam ao consumidor? Fazem Consumering. Um blog de artigos sobre como transformar uma empresa comercial num negocio de produtos preferidos pelos consumidores. www.consumering.pt

27/01/2009

O tamanho que conta.

Com a internet passa a haver informação plausível e relevante sobre o valor da publicidade



Se cada acção provoca uma reacção, agora, na Internet, a reacção provocada pela publicidade pode enfim ser medida até à perfeição. Vem tarde. Apesar dos biliões de dólares gastos pela indústria do anúncio, ninguém terá verdadeiramente percebido como funcionava aquele efeito algo perverso de mostrar um boneco e daí implicar novas vendas numa próxima visita ao supermercado. No passado, para obviar a este evidente problema da falta de responsabilização, recorreu-se demasiadas vezes a métricas frágeis. Artimanhas primitivas e de fácil deturpação como o são a notoriedade ou a quota de investimento.
O desconhecimento do verdadeiro valor da publicidade revelou-se um terreno fértil para a charlatanice, um meio onde se engendraram mais práticas de anti-avaliação do que nos sindicatos de professores. Como é o caso, e é apenas um exemplo, do ranking Interbrand, em que o valor das marcas (a preferência dos clientes) se confunde com o Goodwill da empresa (a soma de bens intangíveis, tipo o know-how ou a posição dominante), Um ranking onde a desgraçada seguradora AIG, uma corporação indiferenciada, acabou no ranking de 2007, à frente de marcas reais como MTV ou L’Oreal.
Felizmente, na Internet, deixou de haver motivo para a mistificação. A publicidade on-line e o seu efeito directo, podem ser medidas, com rigor, caso a caso, inserção a inserção, consumidor a consumidor, eliminando a ilusão fantasiosa. Com ou sem bolachinhas (cookies), a publicidade na Internet tem bons bracinhos para se fazer valer. Cada proprietário de um site pode conhecer, com exactidão, o que fizeram os seus visitantes, quem eram, o tempo que demoram, de onde vinham, o que os interessou até ali chegarem e em que momento fatal os potenciais clientes desistiram da sua visita, para desaparecerem de novo na multidão navegante.
Ainda por cima, a informação relativa às reacções dos consumidores é (via Google Analytics) gratuita e geradora uma riqueza de informação suficiente para envergonhar o Bareme. A presunção de audiência, implícita nas questões “lembra-se de ter visto”. Perguntas feitas por amostragem junto de umas dúzias de velhinhas afeiçoadas ao telefone fixo. Um método arcaico que apesar de tão rigoroso quanto a advinhação por observação das entranhas de animais, se mantém em uso nos meios tradicionais.
Pela primeira vez, a publicidade permite ao anunciante saber das consequências dos seus actos. Saber quantos viram um anúncio, quais destes consumidores efectivamente clicaram, o que investigaram uma vez chegados ao seu ciber-destino e mais importante de tudo, quantos destes visitantes é que acabaram por comprar. Tudo rigorosamente medido, a ponto de não permitir a complacência. Uma caixa de Pandora que, uma vez aberta, espera-se, tenha consequências devastadoras para toda a indústria da publicidade.

16/01/2009

Rebentar de novo

A web2.0 já só tem mais alguns meses para viver, até ser comida pelos seus prejuízos.


No meio dos estoiros que no ano passado destruíram a economia da era w.bush, mal se ouviu o pequeno estalido que acompanhou o rebentar da bolha da net 2.0. Ainda assim, a coisa fez-se. O destino dos fungos parasitas que alimentaram a segunda borbulha da Internet está escrito e no futuro breve, vamos todos assistir ao encontro das redes sociais com o destino.
A derrocada ocorrerá em duas fases. Os primeiros a ir, serão aqueles que não conseguiram ser vendidos até 2007. Os projectos a ficar para tias devem acabar por morrer num prazo com apenas meses. Depois destes, será a vez daqueles que aproveitaram as borlas de bom senso e tiveram a oportunidade de se venderam a corporações com excesso de liquidez. Estes segundos, vão se aguentar mais tempo à tona, agarrados que estão à teta do patrão. Pelo menos enquanto o hospedeiro não se farte deles e os remeta, mais as suas despesas para a obscuridade. Uma decisão que ainda pode tardar alguns anos.
No segundo grupo, o dos hobbys corporativos, encontramos coisas como o Facebook, o Youtube, o Myspace (a quem a Fox já mandou abrandar) e o Flickr (que está a ser emagrecido à bruta pela Yahoo!). Estas iniciativas não têm viabilidade económica, mas pode ser que se aguentem por bastante tempo, dependendo da sua capacidade para sobreviverem com custos discretos.
Mais difícil será a vida no primeiro grupo, o saco onde estão quase todos aqueles projectos de redes sociais desconhecidos ou redundantes. Aqueles que chegaram tarde à fama, que falharam a fusão, ou que se limitaram a copiar terceiros. No meio desta multidão anónima e condenada, encontram-se alguns fenómenos, como o twiter ou o Second Life, operações vistosas, cuja vida futura parece estar ameaçada pela respectiva falta de receitas num mundo em escassez de capital.
A web2.0 passou a ser uma bolha quando reemergiu um velho adágio da nova-economia. Dizia-se então e voltou-se a acreditar que, “primeiro as pessoas e logo depois o dinheiro as seguirá”. É bastante fácil de demonstrar os riscos desta ilusão, mas a verdade é que uma e outra vez o optimismo irresponsável de alguns criadores de modas acabou a esbarrar contra a dureza fria da contabilidade.
Quando começarem os projectos web2.0 do tipo rede sociais e afins, haverá quem julgue que se trata de uma ameaça a toda a publicidade online. Haverá quem julgue que os verdadeiros negócios online vão sofrer por comparação. Haverá até quem deseje um regresso triunfante dos meios tradicionais.
Nada disso. Os projectos tipo rede social são maus negócios porque têm com excesso de custos comparados com uma angariação de receitas pouco claras, perdulária ou inexistente.
O Facebook têm dos mais baixos CTRs do mercado. O twiter e a wikipedia simplesmente não têm receitas. Enquanto o youtube sempre deu prejuízo. Não são formas de fazer negócio e mais cedo ou mais tarde a brincadeira vai ter de acabar. É uma pena que sejam mortos pela ineficiência, pois eram alguns dos serviços gratuitos que mais prazer dava utilizar.

11/01/2009

o único fim

"The only purpose of advertising is to make sales. It is profitable or unprofitable according to its actual sales. It is not for general effect. It is not to keep your name before the people. It is not primarily to aid your other salesmen." - Claude Hopkins

08/01/2009

Quanto tempo ainda vão durar?

(até serem devorados pelos prejuizos)

Facebook
Youtube
Myspace
Flickr
twiter
hi5
wikipedia
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