M.Port.19) “O que está a vista vende primeiro”

(Marca Portugal – Capítulo 19de32)

Há dois bons motivos para não se vender a tecnologia portuguesa. O primeiro é que, com ou sem razão, os portugueses são reconhecidos por essa Europa fora como gentis e humildes taxistas, padeiros ou porteiras, mas ninguém nos reconhece enquanto fiáveis inventores de geringonças com luzes e botões. Já o segundo motivo é ainda mais desanimador. Mesmo que por alguma arte mágica fosse possível convencer os gringos a comprar tecnologia portuguesa, nós não temos por cá disso em quantidade para que se a possa vender.
Está bem visto, não que seja coisa que venha em todos os manuais de gestão, mas uma condição importante para vender alguma coisa é ter essa mesma coisa para a vender. Até mesmo o vendedor mais despudorado, daqueles que até a própria mãe vende, terá maus resultados se o pobre for órfão e não tiver nem uma mãe para entregar. Posto assim, fica então claro que estas manias das tecnologias de informação ou outras não é produto que de Portugal se possa exportar

(saber mais em "vende-se Portugal")

M.Port.18) “Entre e marca que vende e a máquina de vendas”

(Marca Portugal – Capítulo 18de32)

Pode à superfície fazer por parecer o contrário, mas lá no fundo, a única vantagem de dispor de um Departamento de Marketing, é dinamizar as vendas. Verdade. Se há interesse em aplicar os recursos de uma organização ao marketing, esse só pode ser a melhoria (ainda que indirecta) dos resultados comerciais. Um impacto desapropriado, se daí se entender que as vendas precisam do Marketing para fazer o seu próprio trabalho de vender. Mas o que se passa, é mais a dependência oposta. O trabalho do marketing até pode ser útil, se com o marketing coexistir uma organização de vendas que transforme em receitas o que isoladamente no marketing são apenas custos.
Posto isto, talvez fosse de deduzir que é por falta de uma rede de vendas, que à Marca Portugal falta um Departamento de Marketing. Mas isso seria reconhecer que evitar um erro maior é razão para não cometer um erro inicial. Até porque, ainda apesar de não ser do modo que a Marca Portugal precisa, a prospecção comercial de Portugal está entregue ao ICEP.

(saber mais em "vende-se Portugal")

Mais uma demonstração.

Há quem argumente que os produtos portugueses e as exportações portuguesas devem ser alimentadas pelo reconhecimento de Portugal pelo seu arrojo tecnológico (num país de iletrados), pelo seu mar (frio, profundo e pobre) ou até pelo jogo da bola (que não se sabe o que vende).

Apesar disso, o Global Peace Índex mais uma vez vem confirmar que Portugal o que tem de bom é ser um pais pachorrento onde se pode obter uma qualidade de vida imbatível.

Numa avaliação bem rigorosa o Global Peace Índex conclui que Portugal é o pais com sol mais pacífico do mundo (e o 9º geral se contarmos com os sítios gelados e desagradáveis).

Está portanto à vista, o conforto e o turismo residencial sénior são a solução para Portugal.