Consumering

Se o marketing adapta um negocio ao mercado o que que fazem as empresas que se adaptam ao consumidor? Fazem Consumering. Um blog de artigos sobre como transformar uma empresa comercial num negocio de produtos preferidos pelos consumidores. www.consumering.pt

20/12/2007

apoizé

18/12/2007

A agradecer ao senhor Pinho.

O espampanante comício do PS da semana passada e ocultação das degradas fachadas lisboetas com belas fotografias do Nick, tiveram o mérito de tornar as discussões neste (e noutros) blog bem mais estimulantes.

No entanto, tenho reparado que muitas das boas cabeças que por este meio opinativo circulam, colocam demasiadas expectativas nas campanhas de promoção externa de Portugal. São por isso frequentes as opiniões do tipo: “a complexidade de uma cultura é demasiado grande para ser resumida numa campanha”.

Ora, têm toda a razão, é uma verdade indesmentível. A questão é que uma campanha não deve, não pode, ter a veleidade de abarcar toda malha sócio-economico-cultural de que é feito um País. A promoção (de Portugal) deve limitar-se contribuir para trazer receita externa e equilibrar a nossa balança de transacções. (ponto final)

Cingindo o objectivo da campanha ao que e razoável esperar (que sirva para vender alguma coisita aos gringos) perde validade o ponto da complexidade da mensagem, ou a acusação de que algo é redutor. Afinal o problema até é simples. Ou por um lado assumimos que não vale a pena o esforço a promoção e poupamos 100 milhões de euros anuais aos pobres dos contribuintes portugueses. Ou por outro, utilizamos essa verba para fins que sejam plausíveis, esquecendo a cultura e concentrando o esforço nas exportações (de serviços ou produtos).

Pois esse é o maior pecado da WC. O que é que vende o WC da Europa? Como é que o dinheiro dali entra? Para que serve o “filtro geográfico”? No âmbito da promoção não está (não devia estar) em questão se esta é uma representação que nos traduz e representa condignamente. Está apenas em questão o que é necessário e possível fazer para que este investimento (de promoção) não seja desperdiçado. Pois no WC o destino do papel é evidente.

No “Vende-se Portugal” defendo (insistentemente) o benefício Conforto, o que não tem peneiras de nos definir em quanto País, tem apenas a ilusão de servir para vender umas residências a euro seniores endinheirados. Pois venham é de lá os euros, que isto da promoção não serve para nos moldar a identidade nacional. Ou serve?

16/12/2007

"é só marketing"



A noção que o marketing é um acessório de manipulação perverso e dispensável (como os advogados) é bastante irritante para quem tem a noção que a preferência dos consumidores é um dos maiores mecanismos de progresso alguma vez inventados.

No entanto, há que reconhecer que um governo que recorre a todos os truques de ilusão para convencer os Portugueses que vivem num País melhor do que alquele que são capazes de construir, é bastante desagradável.


Nota - a actual campanha do WC é puramente tática e interna. Não tem nada feito com o objectivo de impressionar um estrangeiro que seja (excepto o nick knight que está por estes dias bem impressionado com o cheque que recebeu de Portugal).


Por uma vez, apetece juntar ao coro dos que dizem "deixem-se de marketings e trabalhem" (no produto). Pois esta tentativa de manipulação dos tugas (encapotada sobre o tema da promoção externa) é bastante inquietante.

Ainda há tanto para fazer (reformas a sério) que esta tentativa de celebrar (ou meter àgua na fervura) é um claro sinal que as verdadeiras reformas, aquelas que são difíceis de fazer, não vão aparecer até às próximas eleições. Inquietante é pensar que (pelo menos) até ás eleições de 2009, o País vai estar sempre em festa.

14/12/2007

fazem falta



Regras, assim simples, para melhorar o trabalho de todos.

13/12/2007

quem raio é o nick knight?



E onde fica a west coast? E para que serve? Isso vai bem com batatas?

Numa requintada manifestação de ridicularização de quem paga impostos em Portugal, o mistério da economia apresentou uma campanha de divulgação do trabalho artistico do fotógrafo nick knight destinada (ao que parece) a convencer os portugueses que algumas das personagens que os orgulhavam afinal são da west coast. Para tanto:
- contrata-se um fotografo gringo com direito a headline.
- diz-se que esta malta como a Mariza é da west coast desiludindo um montão de portugueses
- encharca-se Lisboa de lonas gigantes com a campanha que é para que os portugeses a vejam bem.

Se não nos custasse tão caro em impostos esta brincadeira até tinha graça.

05/12/2007

Imparável

Quando dava o assunto por arrumado, retorna o "Vende-se Portugal". desta vez foi a Just Leader a publicar uma crítica capaz de fazer corar.



Está na altura de agradecer a ajuda da Corpcom na divulgação do livro, as suas ACPC são verdadeiramente fabulosas.

“Para se diferenciar”

Soundbite – frases que dão dentadas nos lucros

Se alguma coisa a sociedade de consumo ensinou às pessoas, é que para cada fim existem demasiadas opções. Já longe vão os tempos em que a cada tacho havia o seu testo, havendo hoje uma tal infinidade de propostas concorrentes, que alguns gestorzecos mais afoitos aprenderam a repetir o sound-byte: “Para se diferenciar”.

Em teoria, aquelas coisas que nas empresas se fazem “para se diferenciar” seriam aquelas coisas que facilitariam a escolha dos clientes, porque ao serem factos que existir num lado e não existir em mais lugar nenhum, fariam a diferença entre comprar ali ou ir gastar para outro lado. Mas é na prática que a teoria se espeta ao comprido. As opções que nas empresas se tomam “para se diferenciar” tendem a ser causadas por alguns tipos de má interpretação.

Por um lado está a busca da diferenciação no sentido do esquisito e pouco convencional. Normalmente, esta interpretação do diferente emerge quando uma empresa resolve fazer algo que não lembra ao careca e a justifica como sendo um esforço “para se diferenciar”. Acontece por exemplo quando um banco decide afugentar os clientes com a oferta de um CD de música repetitiva, fá-lo “para se diferenciar” da sua concorrência, pelo menos daquela que tem bom gosto musical.

Já por outro lado, há quem entenda que “para se diferenciar” é uma forma de ser irracional, gastando em tolices tanto quanto um excêntrico do euromilhões. O que até é tremendamente vulgar, pois apesar de irracional, é “para se diferenciar” que algumas empresas mudam de logótipo e gastam fortunas em espaço publicitário para espalhar ao mundo que compraram um boneco novo.

Finalmente há quem haja “para se diferenciar” porque simplesmente lhe faltam argumentos e não se lhe ocorre nada diferente para dizer. Nestes casos, ficam a saber os colegas e funcionários que alguma coisa que ninguém mais reparou, como umas dobras no estacionário ou a escolha da plantas para os cubículos, foi feita daquele modo impensado “para se diferenciar”, ainda que não seja evidente como é que essa diferença pode vir a fazer alguma diferença no momento da compra.

Está visto que ser assim diferente, ou especial, sem fazer diferença no momento da compra, só “para se diferenciar”, tende a ser um custo sem receita.