Consumering

Se o marketing adapta um negocio ao mercado o que que fazem as empresas que se adaptam ao consumidor? Fazem Consumering. Um blog de artigos sobre como transformar uma empresa comercial num negocio de produtos preferidos pelos consumidores. www.consumering.pt

29/01/2007

M.Port.12) “Quem vai comprar tudo isto”

(Marca Portugal – Capítulo 12de32)

De entre as exportações portuguesas, tem algum significado um negócio a que se usa chamar de mercado da saudade. O próprio nome, malogradas as conotações poéticas, não esconde que se trata de um mercado em extinção, com poucas perspectivas de crescimento e até imobilista, um mercado que soa a triste.
Não é fado, o mercado da saudade é um mercado valioso, constituído por produtos exclusivamente portugueses (vinho, cerveja, tabaco, etc.) que são vendidos a preços exorbitantes (por causa da fraca distribuição) aos emigrantes portugueses, nos seus países de destino e sempre que a dimensão da colónia local o justificar. Em tempos, este mercado da saudade até teve uma bem importante expressão, não porque as quantidades que os imigrantes compravam segurassem o valor das luso-exportações, mas porque, as remessas de dinheiro desses mesmos imigrantes chegaram a ser um valor vital para o equilíbrio da balança comercial.
Ainda no ano 2000, as remessas dos emigrantes valiam 12% das exportações portuguesas (mais do que a Autoeuropa), mas em 2004, apenas 4 anos depois, esse peso já tinha caído para os 8%. Foi uma queda importante que se verificou sem sequer se contabilizar o efeito inverso do crescimento dos envios de dinheiro por parte dos cada vez mais numerosos imigrantes a trabalhar em Portugal. Afinal, desde há uma década que Portugal deixou de ser um pais exportador de mão-de-obra, para passar a importá-la. Também nas migrações, a balança comercial de Portugal está em perda. Por um lado, porque os portugueses emigrantes vão envelhecendo e se vão integrando nos seus países de destino, deixando por isso de enviar as suas poupanças para uma terra que cada vez lhes diz menos. Por outro lado, verifica-se o efeito contrário. Os estrangeiros que trabalham em Portugal, estão por cá há relativamente pouco tempo, têm as suas famílias para alimentar e fazem-no com a saída do dinheiro que ganham a trabalhar em Portugal.

(saber mais em "Vende-se Portugal")

25/01/2007

Quinta-feira, dia de Diário Económico

A cada semana mais um prego na construção da Marca Portugal.

17/01/2007

M.Port.11) “Quem vende sabe o que vende”

(Marca Portugal Capítulo 11de32)

As exportações portuguesas são patéticas. A maior fatia do bolo, 10%, é constituída por automóveis alemães construídos numa única fábrica em Palmela, que ai-jesus, se arrisca a fechar todos os anos. Os restos, sobram de pequenos negócios, com irrelevante expressão e a maioria do know-how e da decisão dependente de multinacionais que se podem facilmente deslocalizar.
Num mundo de corporações é uma fatalidade que boa parte das exportações esteja entregue a empresas sem dono, nem pátria, que estão onde lhes convém e não pedem licença para sair. Mas o verdadeiro mal não está em ter localizadas em Portugal, ainda que temporariamente, fábricas de nome estrangeiro, que exportam o que produzem, apenas enquanto o produzem. O problema, está em depender dessas fábricas para exportar. Mau mesmo, é ter as exportações dependentes de uma localização fabril temporária e circunstancial. Esta dependência, é, para os especialistas, liminarmente descrita como sendo causada pela falta de marcas nacionais e é muitas vezes ilustrada, justificando a quanta falta fazia, a Portugal, ter uma Nokia.
Só que a Nokia é finlandesa, tal como são finlandeses os mil lagos e os pilotos calculistas. Deve ter algo a ver com o frio, ou então, como explica a própria Nokia, é porque: Na Finlândia as pessoas vivem afastadas, com lagos gelados pelo meio. Portanto muitos finlandeses não tinham telefone fixo e ficavam isolados nos longos Invernos polares. Até que inventaram os telemóveis e, sem grande custo, apenas por colocar umas antenas, se ligou todo um pais e nele todas as pessoas, dando origem a uma loucura finlandesa por telemóveis, que redundou numa das dez maiores marcas mundiais, a Nokia.

(saber mais em "Vende-se Portugal")

11/01/2007

Diário Económico

Hoje há mais um capítulo da Marca Portugal, nas bancas.

07/01/2007

M.Port.10) “Ser Unicamente Excelente”

(Marca Portugal Capítulo 10de32)

Sempre que um produto passa para lá de Elvas este perde valor. E por mais assustadora que pareça tamanha afirmação, ela é bem verdadeira. Um mesmo produto, vende por menos dinheiro se tiver uma etiqueta “Made in Portugal”, do que venderia se tiver na mesma etiqueta “Made in Italy”. Esta é uma desvantagem que é terrível, não só porque os Italianos são reconhecidamente pouco fiáveis, quanto mais porque significa que os Portugueses são ainda piores.
Claro que há produtos que, pela sua nacionalidade, valem ainda menos do pouco que já valem os produtos portugueses, mas esses casos, não só não servem de compensação, como são também eles próprios uma fonte adicional de preocupação. Os produtos filipinos, chineses ou romenos, valem menos do que os mesmos produtos feitos por portugueses, mas ainda assim, apesar de serem vistos com muita desconfiança, os produtos feitos no sub-mundo industrializado, saem tão baratos que não deixam a Portugal qualquer hipótese de concorrer pelo preço da mão-de-obra
O resultado dá que o produto português tem uma percepção de qualidade (um valor) ao pior nível que se encontra pelo mundo globalizado. Uma depreciação que se verifica no mesmo tempo histórico em que os Portugueses alcançaram um nível de rendimento que impede de combater a fraca percepção de qualidade (o fraco valor) dos seus produtos, com uma mais evidente vantagem de preço, o tipo de compensação que fazem os chineses, bem melhor do que nós.

(saber mais em "Vende-se Portugal")

04/01/2007

Quinta-Feira