Consumering

Se o marketing adapta um negocio ao mercado o que que fazem as empresas que se adaptam ao consumidor? Fazem Consumering. Um blog de artigos sobre como transformar uma empresa comercial num negocio de produtos preferidos pelos consumidores. www.consumering.pt

25/09/2003

10 - Um pequeno passo para o homem

Winston Churchill dizia que: “um homem educado, deve ler livros de citações”, elogiava assim a capacidade destas frases para resumir “aquilo que tantas vezes foi pensado, mas nunca antes tão bem expresso” (Alexander Pope). Por outras palavras, é por serem “elegante bom senso” (Josh Billings) que as citações se tornam imortais, e isso implica que as citações valem “não pelo que fizeram, mas porque não morrem” (Woody Allen). Ainda assim, e apesar do seu valor artístico, a maior qualidade de uma citação é servir como mnemónica de uma ideia e com isso fazer com que quem as ouve seja capaz de ver mais além. As citações são como estar “aos ombros de gigantes” (Albert Einstein). E o tamanho do gigante que é citado é tão importante, que uma citação só é relevante se tiver um autor famoso. De facto, não é por serem espirituosos que os grandes criadores de aforismos ficaram para a história. Antes pelo contrário, foram as suas tiradas perspicazes que sobreviveram graças à proeminência dos autores ou, como dizia John F. Kennedy, à sua capacidade de “ver coisas que nunca existiram e perguntar, porque não”. As citações, por serem dependentes do mérito do seu autor, funcionam como a assinatura de uma personalidade.

Já no caso das marcas, as assinaturas comportam-se mais ou menos da mesma forma. Dependem, por um lado, da relevância da marca que as cria e, por outro, só interessam se tiverem a qualidade artística de resumir aquilo que a marca faz melhor.

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05/09/2003

9 - Quem vê caras vê corações

Por volta de 1996, Christopher Rocancourt, um vigarista francês, infiltrou-se na alta roda de Hollywood para montar o melhor logro dos últimos anos. Sem ter um tostão adquiriu Ferraris, suites do Beverly Whilshire Hotel e acompanhantes de primeira água. Já bem instalado, convenceu muita gente que era um génio da finança, ou o filho de Sofia Loren e até um herdeiro Rockefeller, conseguindo com isso obter mais dinheiro para se sustentar. Quem nele acreditou foram alguns ricos e famosos como Mickey Rourke e Van Damme, que, em troca de apenas ilusões, e companhia, lhe deram muitos dólares para a mão. Por mais inacreditável que seja esta história, ela aconteceu mesmo, na terra da liberdade, onde cada um pode ser o quiser ser. Lá, Christopher Chris ganhou e gastou fortunas, recorrendo apenas a uma ilusão de personalidade.

Como funciona uma ilusão de personalidade? Funciona assim: Os sinais exteriores indicam que um indivíduo é de determinada estirpe, de tal forma que dele se espera o comportamento correspondente e alguns acabam mesmo por confiar, convencidos que sabem como ele vai reagir. Desculpe?! Tentando simplificar: Rocancourt fez-se passar por rico, frequentava sítios que só os muito ricos podem frequentar e exibia coisas que custam mesmo muito dinheiro. Assim, quem o conheceu ficava a acreditar que se tratava de um indivíduo tão rico que nunca iria precisar de dinheiro. Então, de bom grado, e com uma desculpa qualquer, os iludidos depositavam-lhe nas mãos somas avultadas, seguros que as reaveriam sem problemas. Neste caso tratou-se de uma burla, mas a ilusão de personalidade não é diferente do julgamento que abre a porta à Telepizza e bloqueia as Testemunhas de Jeová.

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