Consumering

Se o marketing adapta um negocio ao mercado o que que fazem as empresas que se adaptam ao consumidor? Fazem Consumering. Um blog de artigos sobre como transformar uma empresa comercial num negocio de produtos preferidos pelos consumidores. www.consumering.pt

13/06/2008

Vítimas Prováveis do CPA

- Audiências dos meios
- Research com base em inquéritos
- Notoriedade Espontânea
- Agências funcionais (de publicidade, de media,...)
- PPMs (reuniões de pré-produção de publicidade)
- Contas de alinhamento
...

10/06/2008

Claude C. Hopkins

From Wikipedia, the free encyclopedia

Claude C. Hopkins (1866-1932) was one of the great advertising pioneers, he believed advertising existed only to sell something and should be measurable and justify the results that it produced.

He worked for various advertisers, including Bissell Carpet Sweeper Company, Swift & Company and Dr. Shoop's patent medicine company. At the age of 41, he was hired by Albert Lasker owner of Lord & Thomas advertising in 1907 at a salary of $185,000 a year, Hopkins insisted copywriters researched their client products and produce reason-why copy. He believed, that a good product was often its own best salesperson and as such he was a great believer in sampling.

To track the results of his advertising he used key coded coupons and then tested headlines, offers and propositions against one another. He used the analysis of these measurements to continually improve his ad results, driving responses and the cost effectiveness of his clients advertising spend.

His classic book, "Scientific Advertising," was published in 1923, following his retirement from Lord & Thomas, where he finished his career as president and chairman. He died in 1932.




(se a história se repete, a história de Claude Hopkins, dos seu cupões numerados e da participação na Pepsodent é um exemplo a seguir).

06/06/2008

bombas da (r)evolução #3

A notoriedade espontânea é basicamente inútil num mercado online movido a pesquisa.

04/06/2008

A responsabilidade matou o gato.

A publicidade vai ser transaccionada ao Custo Por Acção, retirando o sentido aos mitos e fantasias da imagem

Há muito, muito tempo atrás, ainda era vivo o milénio passado, num tempo em que alguns animais falavam, nascia o mito da publicidade da imagem. Qual princesa encantada que sempre seduz e conquista, esta publicidade sem mensagem ganhou fama e o proveito de salvar negócios, derrotar dragões e arrastar multidões.

A fama da publicidade da imagem, granjeou muitos aproveitos, à sua volta nasceram cidades pavimentadas a ouro, por onde circulam mágicos de confusa sabedoria e se alimentam tantos gatos gordos que nunca tiveram de correr pela vida. O negócio ia nu, grande e vaidoso, reposicionando aqui, rebrandeando ali, associando valores acoli e patrocinando grandes festivais onde quer que estes se realizassem. Tudo em nome da imagem e sem sombra de a concretizar em vendas.

Tratou-se apenas de um mito, uma fábula, mas houve quem vestisse a pele das personagens, levando ao dispêndio de milhões na fantasia, criando para a imagem um parque de diversões e sustos que cobra luxuosamente aos novos e crédulos visitantes. Isto até o CPA se materializar.

O CPA, Custo Por Acção, é uma invenção da publicidade online que promete privar muitos da sua fantasia da comunicação sem um fim à vista. O conceito por detrás do CPA é até bastante simples: o anunciante só paga pela quantidade de clientes que angariar. Tão simples que promete ser devastador.

Daqui a algum tempo, neste século e se calhar ainda nesta década, os anunciantes terão à sua disposição a possibilidade de converter o seu investimento em publicidade em comissões por angariação. Por exemplo. Virá o tempo em que haverá um operador de telecomunicações que deixa de torrar milhões apenas porque esta aborrecido e passa a pagar às suas agências por cada venda que estas concretizarem. Do outro lado da rua, um banco, desinveste da mudança de cor, para se concentrar em angariar novos clientes para os seus balcões. Na mesma altura, um fabricante de detergentes, aluga máquinas em troca do uso premium das suas pastilhas. Ou um simples promotor imobiliário que mede o desempenho pela quantidade de visitas que angaria.

O CPA não só permite, como obriga a estas pequenas transformações. Com a medição directa dos resultados, os anunciantes deixam de anunciar na vã expectativa de serem reconhecidos e quem sabe escolhidos, como faziam no tempo do custo de visualização. Com o CPA, o que tem valor é a acção, a venda, a resposta directa.
Este futuro parece retirar um pouco da magia e do glamour, ao passado, mas de saudosismos estão os tribunais de falências cheios e cabe aos negócios encarar de frente o que lhes vai acontecer com a propagação do CPA. Isto se quiserem continuar a ser chamados de negócio.


Artigo da (r)evolução para o Meios&Publicidade

02/06/2008

Entrevista para Jornal de Negócios

1)Os festivais de música de verão ainda são um “filão” para as marcas que os patrocinam?

Os festivais de verão mantêm o essencial das suas parcas qualidades para as marcas que patrocinam. Apesar da proliferação deste tipo de eventos, o retorno que uma marca pode esperar de um patrocínio destes é, regra geral, tão baixo que de irrisório já não passa.
Regra geral, os patrocínios a festivais são actos do ego e não actos de negócio, portanto a racionalidade do retorno não é um factor crítico, nem agora, nem no passado.

2)Os festivais mais recentes como Delta Tejo (vai a segunda edição) ou o Optimus Alive (vai na terceira edição) perdem relativamente aos mais antigos como o Super Bock Super Rock (mais de dez anos de existência) ou mesmo o Sudoeste? Ou pelo contrário, ainda há espaço para estes eventos?

Os festivais são um negócio como qualquer outro, portanto há e haverá sempre espaço para todos aqueles que acreditarem fazer o serviço melhor do que quem está no activo. Num mercado, o “espaço” não existe, o conceito de espaço limitado foi inventado para defesa anti-concorrencial dos operadores instalados, pois estes têm receio da entrada de novos operadores mais competentes.
Em termos da exploração do negócio dos festivais, o Rock in Rio conquistou uma liderança não por ser mais velho, mas por ser mais competente. Nos festivais de verão, como na banca, nas gasolinas, nas farmácias, em todos os sectores, o que a economia precisa é de mais concorrentes, mais competentes.

3)Em seu entender, que tipo de marcas deverá um evento como o Rock in Rio Lisboa beneficiar?

Apenas as marcas que possam activar (vender) o fruto do seu negócio no cenário de um ajuntamento de pessoas que ali está para ver concertos. São poucas.
As cervejas são um exemplo clássico de produtos que podem obter retorno do investimento. Por outro lado, no caso dos seguros, parece-me muito difícil que estes consigam extrair algum tipo de retorno da sua presença em concertos. É verdade que há quem se defenda do gasto com os ganhos ditos da imagem, mas qualquer análise mais rigorosa demonstra que esses ganhos são irrisórios.

4)O que podem esperar de uma associação a este tipo de eventos? Notoriedade? Activação de marca?

A notoriedade total de qualquer major sponsor num destes eventos é geralmente 100%, quem é que não conhece o Millennium para precisar de ser relembrado da sua existência? Portanto a notoriedade é um ganho impossível para estas marcas. Resta a activação da marca, a venda. Percebe-se que uma marca como o Licor Beirão, faz num concerto uma série de vendas que terão um efeito positivo para o seu negócio mais tarde. Também o tabaco, por estar proibido de anunciar, encontra ali um momento quase único para sair do silêncio. Mas a generalidade das marcas que se envolvem nos festivais não têm modo de extrair valor desta despesa.



(saiu hoje para uma peça sobre os festivais de verão)