M.Port.17) “Dar nas vistas, para vender bem visto
(Marca Portugal – Capítulo 17de32)
Se ao longo dos últimos anos, alguma coisa tem sido feita com brio e empenho em promoção da Marca Portugal, o trofeu vai sem dúvida para as acções promocionais. Ou, como se costuma dizer na linguagem da governação, para os grandes eventos nacionais.
Desde que, em 1940, com um questionável sentido de oportunidade, o pioneiro português da propaganda, António Ferro, montou a grande Exposição do Mundo Português em Belém, Portugal adquiriu um fascínio autofágico pelos grandes eventos de promoção. Meio século volvido e desta feita, são eventos como o Euro 2004, a Expo 98 e o Porto Capital da Cultura, a ambicionar mostrarem a nós próprios que somos um País capaz de se organizar.
Claro que, para todas as opções, há sempre os críticos, desde os mais mesquinhos, apenas esquinados pela escolha regional da localização dos eventos, até aos mais razoáveis, que reclamam do custo desproporcionado dos eventos. Especialmente quando comparados os eventos com a oportunidade de gastar tanto dinheiro, num país que é pobre, mal educado e doente. Não deixa então de ser aceitável que se pergunte se Portugal precisava mesmo de 10 estádios ladrilhados. Tal como não deixa de ser avisado questionar se a pala do Sisa na Expo, não podia ter melhor uso do que fazer sombra à calçada. Ainda assim, por vulgar que seja o cepticismo em relação à oportunidade dos gastos em eventos, a verdade é que, pouca gente faz a pergunta que deve ser feita: Quanto é que se acabou por ganhar?
(saber mais em "vende-se Portugal")
Se ao longo dos últimos anos, alguma coisa tem sido feita com brio e empenho em promoção da Marca Portugal, o trofeu vai sem dúvida para as acções promocionais. Ou, como se costuma dizer na linguagem da governação, para os grandes eventos nacionais.
Desde que, em 1940, com um questionável sentido de oportunidade, o pioneiro português da propaganda, António Ferro, montou a grande Exposição do Mundo Português em Belém, Portugal adquiriu um fascínio autofágico pelos grandes eventos de promoção. Meio século volvido e desta feita, são eventos como o Euro 2004, a Expo 98 e o Porto Capital da Cultura, a ambicionar mostrarem a nós próprios que somos um País capaz de se organizar.
Claro que, para todas as opções, há sempre os críticos, desde os mais mesquinhos, apenas esquinados pela escolha regional da localização dos eventos, até aos mais razoáveis, que reclamam do custo desproporcionado dos eventos. Especialmente quando comparados os eventos com a oportunidade de gastar tanto dinheiro, num país que é pobre, mal educado e doente. Não deixa então de ser aceitável que se pergunte se Portugal precisava mesmo de 10 estádios ladrilhados. Tal como não deixa de ser avisado questionar se a pala do Sisa na Expo, não podia ter melhor uso do que fazer sombra à calçada. Ainda assim, por vulgar que seja o cepticismo em relação à oportunidade dos gastos em eventos, a verdade é que, pouca gente faz a pergunta que deve ser feita: Quanto é que se acabou por ganhar?
(saber mais em "vende-se Portugal")