A manhã de sábado chegara e o verão acordou luminoso. A colina, à distância do deleite, era sonhadora e convidativa. Tom Sawyer, arrastando um balde de cal, contemplou o castigo e sucumbiu à melancolia. 30 metros de cerca, a existência é um fardo. Suspirando, deu uma pincelada, apenas um ilhéu branco num continente por pintar. À procura da salvação, voltou-se para Jim, que carregava um balde de água. Tom, tentou uma troca de trabalhos, mas não possuía brinquedos que lhe comprassem uma hora de liberdade e desesperou. Na negra desolação, assomou-se a inspiração. De imediato começou a caiar com um entusiasmo contagiante, até provocar Ben Rogers, que agora se aproximava, a perguntar se aquele trabalho não lhe pesava. Displicente, Tom respondeu que não, que muito lhe agradava caiar, e o que não haveria para gostar, pois quantas vezes um rapaz tem a chance de caiar uma cerca? Desafiado, e desejoso de experimentar, Ben ofereceu uma maçã pelo privilégio e logo se seguiram outros rapazes curiosos. Em menos de uma manhã os rapazes não só cumpriram o castigo de Tom Sawyer, como o enriqueceram com soldados de chumbo, e berlindes, e uma fortuna, ganha a ver caiar a cerca.
Tom Sawyer, de Mark Twain, é um vendedor irresistível, percebendo que entre a diversão e o trabalho vai apenas a distância da vontade, Tom derruba a barreira do tipo 2 - “não quero o benefício que chegue”, tornando até o seu próprio castigo apetecível aos outros rapazes.
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